O texto jornalístico sob o olhar da enunciação



  1. Introdução
  2. Enunciação: um recorte em Émile Benveniste
  3. Gêneros textuais x tipos textuais: uma diferença necessária
  4. Análise e procedimentos metodológicos
  5. Comentário final das análises
  6. Considerações finais
  7. Referências

"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis."

José de Alencar.

Sou grata a Deus, pois sem ele não conseguimos nada em nossas vidas....

Sou grata a minha família por estar presente em todos os momentos de minha vida ....

Sou grata ao meu marido, pois sei que tenho seu apoio incondicional e sei que foi por este apoio que estou hoje realizando mais etapa em nossas vidas...

Sou grata as minhas amigas por estarem comigo nos momentos de dificuldades e desesperos...

Sou grata a minha orientadora pelo apoio e pelos conhecimentos passados durante este trabalho...

INTRODUÇAO

O presente trabalho inclui-se na linha de pesquisa relativa aos estudos da linguagem, numa perspectiva enunciativa, tendo como tema o estudo e o aprofundamento de conceitos propostos na teoria enunciativa de Émile Benveniste, aplicados à leitura de textos jornalísticos. A área de estudos em que se inscreve o tema desta pesquisa são as Teorias da Enunciação, principalmente, a de Benveniste.

O trabalho aprofundará os conhecimentos sobre a teoria da enunciação, utilizando-a para analisar a produção de textos jornalísticos, tendo como princípio norteador a perspectiva enunciativa de Émile Benveniste. Este trabalho tem por objetivo mostrar que na construção dos textos jornalísticos impressos há a presença de um sujeito que se percebe pelas marcas linguísticas deixadas pelo locutor que escreve o texto, imprimindo sua opinião. Assim, percebe-se que o texto jornalístico não se limita somente na informação, no relato da notícia, mas que está presente nele, de maneira implícita ou explícita, a ideia defendida pelo escritor. Também queremos chamar a atenção para a necessidade do leitor iniciar o processo de recebimento das informações com certa desconfiança, sendo crítico em suas leituras, pensando sobre o que está lendo, pois somos acomodados e aceitamos o que está sendo imposto de certo modo pelos meios de comunicação. Além disso, precisamos fazer um processo avaliativo na leitura que fazemos de textos que circulam nos jornais e, assim, analisar a maneira que nos são passados os acontecimentos, observando que alguns recebem ênfase enquanto outros, não menos importantes, são "abafados" pelos jornalistas ou pela mídia em geral. Este trabalho está sendo realizado por acreditarmos que para o desenvolvimento de nossa sociedade precisamos de indivíduos pensantes, que não aceitam tudo o que lhe apresentam, pois hoje em dia a grande maioria da população tem acesso a algum meio de comunicação, e se esta população não tiver a capacidade de separar o relato do fato, da opinião de quem está comunicando acabarão passando a diante uma ideia que por fim não é o que ela acredita, mas sim o que ela leu ou escutou de outro alguém.

No primeiro capítulo serão apresentados alguns estudiosos que como Émile Benveniste voltaram seus estudos para a enunciação. Após voltaremos a falar especificamente de Benveniste, apresentando seus estudos sobre os seguintes temas: a subjetividade da linguagem, as categorias da enunciação e o Aparelho Formal da Enunciação. O estudo de cada tema será apresentado, separadamente, por se tratar de temas complexos e por Émile Benveniste ser um escritor de complexa compreensão. Citamos um trecho do trabalho "Notas para uma (re) leitura enunciativa de Émile Benveniste" de Valdir Flores (2010) para defender a afirmação acima: "a teoria da enunciação de Benveniste precisa ser lida como uma complexa rede de termos, definições e noções que estão interligados entre si através de relações hierárquicas – hiperonímicas e/ ou hiponímicas -, paralelas, transversais, entre outras." Com essa afirmação, Flores (2010) nos mostra que em Benveniste os conceitos fazem parte de uma rede de relações conceituais e são constituídos por essa rede, mostra que para compreender os estudos feitos por Benveniste temos que conhecer os conceitos, por exemplo os envolvidos nas categorias da enunciação, mas também ter a capacidade de criar novos conceitos a partir das leituras realizadas.

O segundo capítulo busca primeiramente, trazer reflexões acerca dos estudos dos gêneros textuais, ressaltando a definição do gênero jornalístico e apresenta suas funções. Também apresenta a diferença entre tipo e gênero textual. Nesta parte serão aprofundados os estudos sobre o gênero analisado – texto jornalístico – que constitui o corpus deste estudo. Com base nas leituras realizadas, serão feitas observações necessárias para que o leitor entenda que há subjetividade presente nos textos jornalísticos, que o autor expressa ali suas crenças e valores. A subjetividade contempla e conhece as diversas faces que compõem o indivíduo e estas estão presentes no interior das notícias.


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