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Composição corporal de macroelementos minerais em bovinos e bubalinos em confinamento (página 2)

Lana, P.P.

LANA et al. (1992), trabalhando com animais dos grupos genéticos Nelore e mestiço zebueuropeu, não encontraram (p>0,05) diferenças entre grupos genéticos com relação ao conteúdo corporal de macroelementos minerais, portanto, considerando o peso vivo houve (p<0,05) diferenças significativas no conteúdo corporal de macrominerais com a variação do peso vivo dos animais. Considerando novilhos com PCV de 200 e 400 Kg os autores encontraram conteúdos corporais de Ca e P (g/Kg de PCV) de 19,80; 13,78 e 0,39 e 1,39, respectivamente. Com relação ao conteúdo corporal de Ca e P, foram verificados para animais de 250 a 500 Kg de PV valores de 20,12; 11,94 e 13,17; 8,65 g/Kg de PCV, respectivamente. Resultados concordantes foram verificados por CASTRO et al. (1993), os quais não encontraram diferenças significativas no conteúdo de macroelementos minerais entre os grupos genéticos estudados. Em animais de 400 Kg de peso vivo ganhando 1 Kg de peso vivo, foram verificados conteúdos corporais de 26,27 ± 1,30 e 12,83 ± 0,59 para Ca e P respectivamente.

Em um estudo envolvendo 157 bovinos, Nelore e mestiços zebu-europeu, FONTES (1995), não encontrou (p>0,05) diferenças entre grupos genéticos com relação ao conteúdo corporal de macroelementos minerais, portanto, verificou que houve uma redução nos teores de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio, com a elevação do peso corporal vazio (PCV). Resultados concordantes também foram encontrados por PAULINO et al. (1999), que trabalharam com animais Zebuínos, não constatando (p>0,05) diferenças significativas entre grupos genéticos com relação ao conteúdo corporal de macroelementos minerais (Ca, P, Mg, Na, K). Foi observado decréscimo no conteúdo corporal dos minerais (g/Kg de PCV) com o aumento do peso dos animais. Para animais com peso vivo de 300 e de 500 Kg, os autores verificaram conteúdos corporais (g/Kg de PCV) de 20,78; 9,60 e 15,86; 7,62 , respectivamente, para Ca e P.

Estudos mais recentes realizados por FERREIRA et al. (1999), constataram diferenças no conteúdo corporal de Ca e P com a elevação do peso vivo. Em estudos realizados com animais F1 Simental x Nelore, com PCV variando de 287,5 a 439,7 os autores verificaram para Ca e P conteúdos corporais de 15,59 e 13,70; 9,90 e 4,12 g/Kg de PCV.

Conteúdo Corporal de K, Na e Mg: O magnésio constitui o quarto elemento mais abundante no corpo do animal, sendo um dos constituintes dos ossos e dentes. A ele são atribuídas várias funções como transmissões neuromusculares além de fazer parte de um sistema multienzimático. Aproximadamente 65 % do total do magnésio está contido nos ossos e os 35 % restantes estão distribuídos em vários tecidos e órgãos NRC (1984) e MAYNARD et al. (1984). O Agricultural Research Council (ARC) (1965) relata que o conteúdo de magnésio para bovinos em crescimento é de 0,45 gramas por Kg de PCV. SILVA SOBRINHO (1984), trabalhando com animais de diferentes grupos genéticos encontrou para animais de 300 e 500 Kg de peso vivo, teores de magnésio variando de 0,75 a 0,84 g/Kg PCV, respectivamente.

LANA et al. (1992) não verificaram (p<0,05) diferenças no conteúdo de macrominerais em função do grupo genético, observando decréscimos no teor de magnésio com o aumento do peso vivo do animal. Os autores obtiveram, para bovinos de 300 a 500 Kg de PV, conteúdo corporal de Mg variando de 0,50 a 0,38 g/Kg de PCV. O conteúdo do ganho de peso para animais na mesma faixa de peso variou de 0,26 a 0,20 g por Kg de PCV ganho. Seguindo a mesma linha de pesquisa, PIRES et al. (1993b) observaram diferenças entre grupos genéticos com relação ao conteúdo corporal de magnésio. Para animais de 300 Kg de peso vivo os autores encontraram 0,45 e 0,59 g /Kg PCV, para animais do grupo Nelore (NE) e Nelore-Marchigiana (NM). Com relação ao conteúdo corporal do ganho de peso, foram verificados valores de 0,26 e 0,38 g/Kg PCV, para NE e NM. Considerando o PV de 500 Kg verificou-se teores de conteúdo corporal de 0,36 e 0,45 g /Kg PCV para animais NE e NM respectivamente, e para o conteúdo ganho de peso, teores de 0,21 e 0,33 g /Kg PCV para NE e NM respectivamente.

FERREIRA et al. (1999) verificaram variações nos teores de Mg, K e Na com a elevação do PCV dos animais de animais F1 Simental x Nelore. Considerando a faixa de PCV variando de 287,5 a 439,7 Kg, os autores verificaram para K, Na e Mg teores de 2,01 e 1,80; 1,95 e 1,76; 0,41 e 0,36 g/Kg de PCV, respectivamente.

A presente pesquisa teve o objetivo de determinar o conteúdo corporal de macroelementos (Ca, P, Na, Mg e K) para bovinos de três grupos genéticos e de bubalinos, em confinamento, abatidos em diferentes estádios de maturidade.

Materiais e Métodos

A pesquisa foi conduzida no setor de bovinocultura de corte do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, no período de dezembro de 1994 a julho de 1995. Foram utilizados 46 bovídeos machos não castrados, sendo 12 Nelore (NEL), 12 1/2 Holandes-Nelore (HN), 11 Bimestiços 1/4 Fleckvieh 5/16-Angus 7/16-Nelore (BM) e 11 bubalinos mestiços Mediterrâneos (BUF), com idade média de 24 meses e peso vivo médio inicial de 294; 404 ; 358 e 353 Kg, respectivamente.

Os animais foram mantidos em regime de confinamento e distribuídos aleatoriamente em baias individuais com área de 30 m2 e distribuídos em três grupos experimentais: abate inicial ou referência (AB) e dois grupos de alimentação "ad libitum" (AL1 e AL2). No grupo AB foram alocados, por sorteio, quatro animais do grupo genético (NEL), quatro do (HN), três animais do grupo (BM) e três búfalos (BUF). Nos grupos AL1 e AL2 foram alocados quatro animais de cada grupo genético.

Antes do período de adaptação os animais foram pesados, identificados, receberam tratamento anti-parasitário e receberam 1.500.000 UI de vitamina A injetável.

O período de adaptação foi de 60 dias, no qual todos os animais receberam idêntica dieta fornecida durante a fase experimental. Durante o período experimental foi oferecida ração balanceada, formulada segundo as normas do NRC (1984) para ganho de peso vivo diário de 1,1 Kg. A ração era oferecida "ad libitum", sendo composta de feno de Brachiaria decumbens, (FB), milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS), farelo de soja (FS), uréia, fosfato bicálcico, calcário e mistura mineral balanceada (MM). A proporção de volumoso:concentrado na ração era de aproximadamente 1:1 na matéria seca (MS). A composição da dieta experimental encontra-se na TABELA 1.

Após o período experimental, os animais do grupo AB, foram abatidos servindo como referência no estudo da composição corporal. O período experimental não teve duração préfixada, uma vez que os animais grupos AL1 e AL2 eram abatidos ao atingirem os pesos de abate de 450 e 500 Kg para NEL e BUF e 500 e 550 Kg para HN e BM, respectivamente.Esses pesos correspondiam a 100 e 110 % dos pesos adultos estimados das fêmeas dos respectivos grupos genéticos.

A ração experimental era ofertada, individualmente, duas vezes ao dia (manhã e tarde) e a quantidade oferecida era ajustada, de forma a se manterem as sobras entre 5 e 10% do total fornecido.

As quantidades de ração fornecida e das sobras eram registradas, diariamente, sendo coletadas amostras de ração e sobras, individualmente, uma vez por semana. Antes do abate, os animais eram submetidos a jejum de 16 horas. De cada animal abatido, pesavamse e coletavam-se amostras da cabeça, couro, dos pés, do rúmen retículo, omaso, abomaso, intestino grosso, intestino delgado, mesentério, gordura interna, coração, rins, fígado, baço, pulmão, língua, sangue, esôfago, traquéia e do aparelho reprodutor.

As duas meias carcaças eram pesadas no dia do abate e, posteriormente, levadas para a câmara fria a -5o C, durante um período de 18 horas. Decorrido este período, eram retiradas da câmara fria, coletando-se uma amostra representativa da carcaça esquerda, correspondendo à seção da 9a a 11a costela (seção HH), segundo técnica propostra por HANKINS e HOWE (1946).

Procedia-se, a seguir, a separação física dos tecidos muscular, adiposo e ósseo, que eram posteriormente pesados e amostrados.

O peso corporal vazio dos animais foi determinado pela soma do peso da carcaça, sangue,cabeça, couro, pés, cauda, vísceras e órgãos.

As determinações dos conteúdos corporais cinza (CZ) foram realizadas na MSD em função da concentração destes nos músculos, gordura, ossos, vísceras, órgãos, couro e sangue. A partir daí obteve-se a composição dos mesmos na matéria seca.

Preparo das Amostras e Análises Químicas:As amostras de carne, gordura, compostas de vísceras eram moídas, ao passo que, as de couro e osso eram seccionadas. A seguir eram colocadas em vidros com capacidade de 500 ml, levadas à estufa à 105 o C, por 48 a 72 horas. Após esse período eram pré-desengorduradas com éter de petróleo, segundo metodologia descrita por KOCK e PRESTON (1979), obtendo-se a matéria seca pré-desengordurada (MSD), que era moída em moinho de bola e acondicionada em sacos plásticos para posteriores análises.

Nas amostras de sangue, não foi feito o prédesengorduramento, antes da determinação dos teores de minerais, sendo coletadas diretamente em vidros tipo "pirex" e levadas à estufa à 55oC, com ventilação forçada, por um período de 48 horas, para a determinação da matéria pré-seca, e em seguida moída em moinho tipo bola.

As análises químicas e bromatológicas foram realizadas no Laboratório de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, segundo técnica descrita por SILVA (1990).

A solução mineral para análise de macroelementos minerais (Ca, P, Mg, Na e K) foi preparada por via úmida da matéria seca desengordurada (MSD). Obtida a solução mineral foram feitas as devidas diluições, procedendo-se as leituras. O fósforo foi determinado por calorimetria e o cálcio e magnésio, por espectofotômetro de absorção atômica. O sódio e potássio foram determinados em espectofotômetro de chama.

Determinação dos Conteúdos de Macroelementos Minerais (Ca, P, Mg, Na e K): Os conteúdos minerais de macroelementos minerais foram determinados na MSD em função da concentração desses nos músculos, gordura e ossos, vísceras, órgãos, couro e sangue, a logo em seguida, obteve-se a composição dos mesmos na matéria natural.

Utilizando-se as equações propostas por HANKINS e HOWE (1946) e com base na proporção de músculos, gordura e ossos obtidas nas percentagens de músculos, gordura e ossos obtidas na seção da 9a à 11a costela, estimaram-se as percentagens desses componentes na carcaça.Com base no peso dos componentes corporais e nos seus respectivos teores de macroelementos, obtiveram-se os totais, em gramas (g) ou quilograma (Kg), dos macro-elementos estudados no corpo vazio do animal.

O peso corporal vazio (PCV) dos animais foi determinado por meio do somatório dos pesos da carcaça, cabeça, pés, couro, cauda, vísceras e órgãos.

Para a predição dos conteúdos líquidos dos macroelementos minerais no corpo dos animais foram ajustadas equações de regressão do logaritmo do conteúdo corporal de minerais, em função do logaritmo do peso do corpo vazio ARC (1980), conforme o modelo abaixo:

Yij = µ + b1Xij + eij

em que

Yij = Logaritmo do conteúdo total de mineral (g ou Kg) retido no corpo vazio do animal j, do grupo genético i;µ = Efeito de média

b1 = Coeficiente de regressão do logaritmo do conteúdo mineral, em função do logaritmo do peso de corpo vazio (PCV);

Xij = Logaritmo do peso de corpo vazio, do animal j, do grupo genético i;

eij = Erro aleatório associado a cada observação.

Para verificação de possíveis diferenças entre os grupos genéticos, realizou-se o teste de identidade de modelos de regressão, de acordo com metodologia proposta por GRAYBILL (1976). Na análise de variância, utilizou-se o teste F em nível de 5% de probabilidade PIMENTEL GOMES (1982), sendo as análises estatísticas realizadas utilizando-se o programa SAEG (1983).

Resultados e Discussão

O teste de identidade das equações de regressão (GRAYBILL,1976) revelou não haver diferenças (p>0,05) entre as equações ajustadas para Ca e P para Bimestiços (BM), F1 Holandês-Nelore (HN) e Búfalos (BUF), as quais diferiram das equações correspondentes ajustadas para Nelore. Desta forma são apresentadas equações comuns para Ca e P para BM, HN e BUF e específicas para o NEL. Para o magnésio, o teste revelou não existir diferenças (p>0,05) entre as equações ajustadas para Nelore, Bimestiço e Holandês-Nelore, as quais diferiram (p<0,05) daquela referente aos búfalos. Portanto adotou-se equação comum para o NEL, BM e HN e equação individual para os BUF.

Os conteúdos corporais de cálcio, fósforo e magnésio, estimados com base nas referidas equações para animais de 300 a 550 Kg de peso vivo , encontram-se na TABELA 2.

Em todos os grupos raciais houve aumento na quantidade de cálcio, fósforo e magnésio com o aumento do peso vivo (PV). Tais resultados estão de acordo com LANA et al. (1992) e PIRES et al. (1993a,b). Na faixa de peso estudada, os animais mestiços e búfalos tiveram maiores conteúdos totais de Ca e P que os animais do grupo Nelore.

JORGE et al. (1997), determinaram as percentagens de tecido adiposo no corpo vazio dos animais utilizados no presente trabalho e observaram percentagem mais elevada nos animais Nelore e Búfalos que nos animais mestiços. Foi observado ainda maiores conteúdos corporais de tecido ósseo nos mestiços e Búfalos em comparação aos animais do grupo genético Nelore. Esses fatores explicam o maior conteúdo corporal de Ca e P nos mestiços e Búfalos quando comparados com os animais do grupo Nelore, o que pode ser verificado na tabela 3, que mostra o conteúdo corporal g por Kg de PCV dos referidos elementos minerais para os diferentes grupos genéticos.

Para animais de diferentes pesos o ARC (1980), admite conteúdos corporais fixos de 14 e 8 g por Kg de PCV para cálcio e fósforo respectivamente. Esses valores são inferiores aos encontrados no presente trabalho, sendo menor o teor de gordura desses animais comparados aos encontrados pelo ARC (1980) podendo explicar em parte essa diferença. PIRES et al. (1993a), observaram diferenças na composição corporal de cálcio, por Kg de PCV, para diferentes grupos genéticos ao passo que para o fósforo os autores não encontraram diferenças. LANA et al. (1992) também reportaram valores menores aos apresentados no presente trabalho. Os valores mais baixos observados por LANA et al. (1992) e aqueles sugeridos pelo ARC (1980) são, em grande parte, explicados por terem sido obtidos com animais castrados. Esses animais depositam gordura mais precocemente, aumentando o teor corporal de gordura corporal, sendo que maiores teores de gordura está relacionado consequentemente relacionado à menores ligeiramente superiores aos do presente teores de minerais. Esse fato é demonstrado trabalho, mesmo trabalhando com animais não por COELHO DA SILVA e LEÃO (1979), o qual castrados. Esse fato ocorre devido a variações salienta não conter minerais no tecido adiposo. na maturidade óssea implicando em diferenças PIRES et al., (1993a) reportaram valores no conteúdo de minerais.

Para magnésio, observou-se pequeno decréscimo no conteúdo, por unidade de peso nos bovinos e búfalos de maior peso, tendo os búfalos apresentado conteúdos ligeiramente superiores aos dos animais dos outros grupos. O ARC (1980) considera constante o conteúdo de magnésio e reporta teores de 0,45 g por Kg no corpo dos bovinos. Esses valores são semelhantes aos valores encontrados no presente trabalho. PIRES et al. (1993b) e LANA et al. (1992), também observaram a diminuição no conteúdo de magnésio com a elevação do peso vivo dos bovinos, sendo que ambos os autores trabalharam com animais nãocastrados e observaram conteúdos de magnésio variando de 0,498 para 0,418 g e 0,50 para 0,38 g por Kg de PCV em bovinos de 300 e 500 Kg de PV respectivamente.

Os conteúdos corporais de Ca, P e Mg, em g por Kg de PCV, no presente estudo são 6,92; 15,67 e 81,8% superiores aos resultados encontrados por PAULINO et al. (1999), que trabalhou com animais Zebu e não constataram diferenças significativas entre raças com relação à composição de macrominerais (Ca, P, Mg, Na e K). Em trabalhos com animais zebu não-castrados, os autores, observaram resultados inferiores aos do presente trabalho. Para animais com PV variando de 300 a 500 Kg foi verificado conteúdo de magnésio variando de 0,356 a 0,302 g/Kg de PV.

Com relação ao conteúdo corporal de potássio e sódio, o teste (GRAYBILL,1976) indicou haver diferenças (p<0,05) para as equações ajustadas para Búfalo e Nelore, as quais diferiram daquelas ajustadas para os dois grupos mestiços que não diferiram (p>0,05) entre si. Os conteúdos de sódio e potássio para animais com PV variando de 300 a 500 Kg, encontram-se na TABELA 4, sendo que os teores, em grama por Kg de PCV, para animais na mesma faixa são mostradas na TABELA 5.

Para todos os grupos raciais houve aumento (p<0,05) dos conteúdos de potássio e sódio à medida que o peso corporal vazio aumentsva (TABELA 4); porém foi constatado decréscimos nas concentrações dos mesmos (g por Kg de PCV), conforme dados na TABELA 5, corroborados por com LANA et al. (1992) e PIRES et al. (1993b), PAULINO et al. (1999) e FERREIRA et al. (1999).

Os búfalos apresentam conteúdo corporal de potássio inferior ao dos animais dos demais grupos, devido ao menor conteúdo de músculo nesses animais, visto que grande parte do potássio corporal está localizada nos músculos. Por outro lado, os bubalinos apresentaram conteúdos de sódio, totais e por Kg de PCV, superiores aos demais grupos, o que pode ser atribuído à maior proporção de ossos por eles apresentada, pois grande parte do sódio corporal é incorporada aos ossos na forma de cristais, de onde só é liberado quando o osso é reabsorvido (NRC, 1984).

PIRES et al. (1993b), LANA et al. (1992) e LANA et al. (1992) observaram conteúdos PAULINO et al. (1999) não observaram (p>0,05) corporais de sódio e potássio mais baixos que efeito do grupo racial sobre o conteúdo de sódio os relatados no presente trabalho, fato que pode e potássio (g/Kg PCV), porém observaram uma ser atribuído à maior quantidade de tecido redução no conteúdo corporal (g/Kg PCV), em adiposo presente nesses animais os quais eram função do aumento do PV e PCV. castrados.

Conclusões

Diferentes grupos genéticos podem apresentar diferenças na composição corporal e conseqüentemente nas exigências de minerais. Em alguns casos poder-se-ia optar pela utilização de diferentes misturas minerais, desde que viável economicamente.

Tendo o conhecimento das exigências de minerais em bovinos e bubalinos confinados e sob condições tropicais, pode-se formular misturas minerais mais precisas, evitando-se o uso de informações de tabelas estrangeiras.

Referências

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rlana[arroba]ufv.br

1Universidade Federal do Paraná – Campus Palotina – PR 85950-000 email: vmsf[arroba]zipmail.com.br;
2Zootecnista MSc - Viçosa – MG CEP: 36570-000;
3UENF – Av. Alberto Lamego 2000, Campos, RJ CEP: 28015-620;
4Departamento de Zootecnia – UFV;
5Departamento de Zootecnia – UFPR;
6Departamento de Zootecnia da Universidade de San José – Costa Rica;
7Pesquisador IZ – Colina – SP.



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