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Gênero e Imaginário (página 2)

Arneide Bandeira Cemin

O ESTUDO DO IMAGINÁRIO

Os estudos acerca do imaginário não constituem uma disciplina com objeto e método unificados, trata-se de variada gama de abordagens disciplinares, acessadas por diferentes métodos. Entretanto, o que reúne tantos interesses é o estudo das "representações" ou seja, o sentido e as configurações simbólicas que formatam as maneiras de pensar, que, expressas por práticas sociais, instituem o homem e o seu meio.
A relação que se institui entre o homem e o mundo não é direta, e sim mediada por processos de pensamento. Entre o universo físico e o homem existe a dimensão simbólica que institui o homem e o seu mundo. O homem não lida diretamente com as coisas e sim com os significados atribuídos às coisas pela sua cultura. O ambiente cultural, portanto, é formador do simbolismo tanto ao nível lógico quanto ao nível do significado; aliás, ambos os níveis se interpenetram mais do que se distinguem.

Ao invés de lidar com as próprias coisas o homem lida com os simbolismos que tecem os seus mundos. O mundo do homem não é um mundo de fatos é um mundo de percepções: a razão, a linguagem - lógica e conceitual - a ciência, a arte, a religião e os sentimentos são, por isso, dimensões imaginárias. Não há contraposição entre o real e o imaginário porque o real é construído socialmente, o real, portanto, é a interpretação que os homens atribuem à realidade através das incessantes trocas entre as objetivações e as subjetivações das quais resultam configurações específicas, ou seja, sistemas simbólicos particulares: linguagem, mito, arte, religião, política, ciência, economia; que, expressos por várias formas com diferentes conteúdos, possibilitam que o estudo do imaginário possa ser abordado a partir de múltiplas problemáticas e do ângulo de diferentes disciplinas.

Partindo do pressuposto de que a característica de dar significado liga-se ao plano simbólico, se justifica o interesse pelo estudo dos símbolos, das imagens e do imaginário, cujo início foi dado por Bachelard, o qual afirma que os símbolos não devem ser julgados do ponto de vista da forma, mas de sua força expressiva.

Gilbert Durand, referência desta pesquisa, foi um dos alunos de Gaston Bachelard e fundou um centro de estudo do imaginário, tendo influência também de Jung, que contribuiu com o conceito de imagens simbólicas coletivas – arquétipos, sendo que o que diferencia o arquétipo do símbolo é a sua falta de ambivalência, a sua universalidade constante e a sua adequação ao esquema.

Durand utiliza a expressão imaginário ao invés de simbolismo, uma vez que para ele o símbolo seria a maneira de expressar o imaginário. Sua teoria sobre o imaginário se organiza sob o método da convergência, isto é, os símbolos se (re) agrupam em torno de núcleos organizadores, as constelações, as quais são estruturadas por isomorfismos, que dizem respeito à polarização das imagens; indica que há estreita relação entre os gestos do corpo e as representações simbólicas. Os símbolos constelam porque são desenvolvidos de um mesmo tema arquetípico, porque são variações sobre um arquétipo.

O autor utiliza-se ainda da reflexologia a fim de explicar a sua classificação, baseada na noção de gestos dominantes: as dominantes reflexas que se referem aos mais primitivos conjuntos sensório-motores que constituem os sistemas de acomodações mais originários na ontogênese, os quais, segundo a teoria de Piaget, deveria se referir toda a representação nos processos de assimilação constitutivos do simbolismo.
A reflexologia identifica duas dominantes no recém-nascido: a dominante de posição (dominante postural), que coordena ou inibe todos os outros reflexos, quando, por exemplo, se põe o corpo da criança na vertical (a verticalidade e a horizontalidade são percebidas pela criança de tenra idade de maneira privilegiada); a dominante de nutrição (dominante digestiva), que nos recém-nascidos se manifesta por reflexos de sucção labial e de orientação correspondente da cabeça. Esses reflexos são provocados ou por estímulos externos, ou pela fome. A essas duas dominantes podem associar-se reações audiovisuais. Há uma terceira dominante relacionada ao reflexo sexual (dominante copulativa), que seria de origem interna, desencadeada por secreções hormonais aparecendo em período de cio.

Haveria três ciclos sobrepostos na atividade sexual: o ciclo vital, que na realidade é uma curva individual de potência sexual; o ciclo sazonal, que apenas pode interessar à fêmea ou ao macho de uma espécie dada ou ainda aos dois ao mesmo tempo; e o ciclo de oestrus, que só é encontrado nas fêmeas dos mamíferos (relacionado à menstruação); esses processos cíclicos, em particular o oestrus tem profundas repercussões comportamentais. Assim, o corpo inteiro colabora na constituição da imagem e as forças constituintes que coloca na raiz da organização das representações parecem muito próximas das dominantes reflexas.

Verificou-se a ligação da motricidade dos músculos envolvidos na linguagem verbal com o pensamento e, mais ainda, que uma motricidade periférica estendida a numerosos sistemas musculares estava em estreita relação com a representação. Salienta-se que deva existir um mínimo de adequação entre a dominante reflexa e o ambiente cultural (adequação essa, diferente de recalcamento).

A partir da reflexologia (dominantes gesto-pulsional), da tecnologia (meios elementares de ação sobre a matéria) e da sociologia (contexto social), Durand fundamenta a bipartição das imagens em dois regimes: o diurno, que tem a ver com a dominante postural, e o noturno relacionado às dominantes digestiva e cíclica.

Aqui surge o termo estrutura, definido como uma forma transformável, que desempenha o papel de protocolo motivador para todo um agrupamento de imagens e susceptível ela própria de se agrupar numa estrutura mais geral, chamada de regime, que se refere a opostos:

        - regime diurno - uma organização das imagens que divide o universo em opostos, cujas características são as separações, os cortes, as distinções, a luz;
        - regime noturno - uma organização das imagens que une os opostos, tendo como principais características a conciliação e a decida interior em busca do conhecimento.

Esses regimes recobrem três estruturas que têm como ponto fundamental a questão da mortalidade para o homem, cuja angústia existencial se manifesta através das imagens relativas ao tempo, ressaltando-se a ambigüidade e os inúmeros significados que um símbolo pode apresentar. A resolução dessa angústia permite três soluções: (1) pegar as armas e destruir o monstro, (2) criar um universo harmonioso no qual ela não possa entrar, (3) ter uma visão cíclica do tempo no qual toda morte é renascimento.

No Regime Diurno está a Estrutura Heróica, que se caracteriza pela luta, tendo como representação uma vitória sobre o destino e sobre a morte, cujos principais símbolos são:
- símbolos de ascensão – leva para a luz e para o alto;
- símbolos espetaculares – diz respeito à luz, ao luminoso;
- símbolos diairéticos – refere-se à separação cortante entre o bem e o mal.

No Regime Noturno da imagem, temos duas estruturas: estrutura Mística, que se refere à construção de uma harmonia, onde se evita a polêmica e há a procura da quietude e do gozo, tendo como recurso expressivo os símbolos de inversão e os símbolos de intimidade.

A estrutura Sintética, diz respeito aos ritos utilizados para assegurar os ciclos da vida, harmonizando os contrários, através de um caminhar histórico e progressista, sendo que seus símbolos são os símbolos cíclicos.

O símbolo tem a função transcendental de permitir ir além do mundo material objetivo. Devido a dimensão da ambigüidade, o símbolo está sob constante processo de reequilíbrio, tais como o equilíbrio vital, o equilíbrio psicossocial e o equilíbrio antropológico.

METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS

De modo geral, a perspectiva teórica com a qual trabalhamos, toma por base o programa e os procedimentos da Escola Sociológica Francesa, focalizando as "categorias do entendimento", também conhecidas por "categorias nativas", através de pesquisa etnográfica. Uma boa etnografia inclui a história de vida, os usos do espaço, e os saberes de várias ordens, específicos aos grupos em estudo.

Desenvolvemos também, estudos sobre as reflexões e o mapeamento do "imaginário" a partir das propostas de Gilbert Durand. A abordagem do referido autor inclui os métodos estruturalista e fenomenológico, embasado no princípio de "convergência das hermenêuticas", visando o estabelecimento de diálogos com diferentes perspectivas teóricas e analíticas, necessárias aos estudos das complexidades culturais.
Assim, do ponto de vista metodológico, além da etnografia, utilizamos o AT9, Teste Arquétipo de nove Elementos, criado pelo psicólogo Yves Durand, a partir da obra do antropólogo Gilbert Durand.

O AT9, é um dos instrumentos metodológicos de pesquisas sobre o imaginário em experimentação no Centro de Estudos do Imaginário (CEI/UNIR). Trata-se de um teste do tipo projetivo, com abordagem e orientação antropológicas, que visa "mapear" o tipo de estrutura do imaginário com a qual o indivíduo (isolado ou em grupo), expressa seus estímulos ansiógenos, suas defesas, e o uso que faz dos elementos auxiliares propostos pelo teste.

Os arquétipos funcionam como estímulos para que o indivíduo elabore um micro - universo mítico a partir dos nove elementos que são os seguintes: O personagem - elemento central; a queda e o monstro (elementos ansiógenos); a espada, o refúgio e a coisa cíclica (elementos de resolução da ansiedade); a água, o animal (qualquer um) e o fogo como elementos auxiliares.

O micro universo é obtido a partir de uma dupla construção: um desenho e uma narrativa. Assim, o desenho fornece as imagens e a narrativa nos dá o sentido e a articulação da composição desenhada. Ambos são complementados por um quadro de análise, no qual se registra o modo como cada arquétipo foi representado, o papel que ele cumpre no desenho e na história, bem como, aquilo que ele simboliza. A estas informações são acrescidos dados obtidos através de um questionário que permite esclarecer outros aspectos que motivaram o desenho e a história do mesmo. O micro universo é passível de ser classificado nos Regimes Diurno e Noturno de imagens, e nas estruturas heróica, mística, sintética e inclassificável.

Os procedimentos analíticos para o estudo do imaginário levam em conta a relação funcional entre 1) sujeito-personagem e objeto; 2) destinatário e destinador; 3) oponentes e adjuvantes; encaminhadas na seguinte sequência:, história e desenho; quadro de identificação dos elementos, desfecho da história e a classe social a que o sujeito julga pertencer. Considera-se, ainda, o modo pelo qual as imagens formam sínteses e complementaridades, em decorrência das propriedades de "condensação" e de "deslocamento" dos símbolos.

Os sujeitos da pesquisa foram mulheres, que fazem denúncias sobre agressões na Delegacia da Mulher e seus (ex) maridos. Os dados foram construídos a partir de observação in locco na Delegacia da Mulher, visitas as residências para realização do teste, gravação das histórias de vida e, pela análise dos resultados do Teste dos Nove Arquétipos (AT9). Deste modo, abordamos as mulheres e os homens, explicando-lhes o objetivo de nossa pesquisa e solicitando-lhes a colaboração, garantindo-lhes, em contrapartida os direitos ao sigilo e a proteção moral previstos no código de ética do antropólogo.

Os testes foram realizados por oito pessoas, sendo três casais e duas mulheres, cujos maridos não quiseram responder ao teste. Os homens apresentaram resistência em realizar o AT9, seja pelo fato de não se sentirem à vontade para desenhar ou por não quererem se expor através de um teste.

RESULTADOS

Quanto à estrutura do micro universo mítico obtido pelos testes, em 87,5% dos mesmos foi impossível classifica-los, sendo que somente em 12,5% foi verificada estrutura classificável, no caso, estrutura mística, do regime noturno. A porcentagem de testes desestruturados talvez seja decorrência do fato de as pessoas estarem em fase de desestruturação de suas vidas em função do fim de suas uniões matrimoniais.

Os micro-universos imaginários de homens e mulheres apresentaram diferenças marcantes. Entretanto, as diferenças não foram estabelecidas pelo imaginário religioso. Homens e mulheres expressaram imagens religiosas fortemente afetivas, e, particularmente, ligadas ao evangelismo. Entretanto, os testes das mulheres não apresentaram imagens de universos tecnológicos, mesmo que simples, ficando restritas a imagens de elementos da natureza. Além disso, as imagens que dizem respeito à relação pessoa - mundo social, foram, no caso delas, mais pertinentes aos valores de morte. Todos os homens, ao contrário, recorreram a imagens tecnológicas e apresentaram uma relação pessoa - mundo social mais dirigida aos simbolismos de vida.

O imaginário cumpre diferentes funções de equilíbrio dos recursos interpretativos das culturas. Políticas voltadas para viabilizar a ascensão social das mulheres devem levar em conta seus imaginários. Vimos que estes indicam o distanciamento delas das práticas que permitem apropriação de tecnologias capazes de inseri-las em contextos propícios a sua autonomia e ao conseqüente desenvolvimento de seu potencial de vida. A apropriação de tecnologias não diz respeito apenas ao técnico; mas, ao social, e neste, o imaginário, formatando padrões de cultura, dinamiza a consciência e induz à ação.

As relações de Gênero são fundantes do mundo inter-humano, por isso mesmo, perceber a sua dinâmica interna possibilita ao poder público e aos movimentos de mulheres e de diretos humanos, a construção e a exigência quanto à implementação de políticas públicas que dêem contam das demandas sociais de homens e mulheres. Entre elas, a Casa Abrigo, a Renda Mínima Familiar, as campanhas pela escolarização e profissionalização feminina. Consideramos necessário, também, outros elementos de rede social para além do jurídico-penal, como é o caso da Delegacia da Mulher; que, mesmo extremamente necessária em seu campo de ação, necessita da complementação dos suportes já citados, bem como, de outros, a exemplo de orientação e apoio social e psicológico ao homem à mulher e aos seus filhos.

Todos esses recursos são vitais nos casos de rupturas de uniões conjugais, ainda mais quando constatamos que estes processos freqüentemente são acompanhados de desestruturações econômicas agravadas ainda, pelo desemprego e pela falta de qualificação profissional das mulheres e do distanciamento delas dos universos tecnológicos. Estes fatores isolados ou conjugados, dificultam o acesso feminino aos postos de trabalho de melhor remuneração.

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Autores:

Arneide Bandeira Cemin

cemin@unir.br

Departamento de Filosofia e Sociologia (UNIR)

Camila Alessandra Scarabel(PIBIC)

Maria de Fátima Batista de Souza (PIBIC)

Silvanio de Matia Gomes (PIBIC)



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