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O fanatismo religioso entre outros -Breve Ensaio (página 2)

Raymundo de Lima

Os primeiros sintomas de fanatismo e suas estratégias de sedução

O início de qualquer fanatismo consiste, em primeiro, reconhecermos um sujeito ou grupo estarem convictos, quando julgam de posse de uma certeza que recusa o teste da realidade. Nietzsche dizia que "as convicções são piores inimigas da verdade do que as mentiras", porque quem mente sabe que está mentindo, mas quem está convicto não se dá conta do seu engano. "O convicto sempre pensa que sua bobeira é sabedoria" [19] . Até no campo científico, há cientistas correndo o perigo de tornar-se convictos de suas teses. Edgar Morin analisa que quando algumas idéias se tornam supervalorizadas e adquirem um caráter de grandiosidade e absolutismo tendem a levar os seus sujeitos a abdicarem de seu raciocínio crítico e se tornarem meros objetos dessas idéias. Indivíduos assim submetidos a tão grandes idéias, fazem qualquer coisa para "salva-las" de um possível furo de morte; elas funcionam como muleta existencial. Isso acontece principalmente no meio religioso, mas também pode ocorrer nos meios político, filosófico  e científico. 

O segundo sinal do fanatismo é quando alguém quer impor a todos de modo tirânico a "verdade" única extraída de sua inspiração ou crença absoluta. Pretende assim a uniformização via linguagem, através de aparência física, rituais e slogans do tipo: "O único Deus é Allah", "só Cristo salva", "Jesus Cristo é o Senhor", "somos o Bem contra o Mal", "Em nome do Senhor Jesus eu ordeno..." São expressões de caráter estereotipado, sustentado por uma "estrutura de alienação do saber" [20] , onde o discurso passa a falar sozinho, é uma resposta que está no gatilho, pronta para qualquer emergência que o sujeito não quer pensar. Observem o caráter tirânico, narcisista e excludente dessas afirmativas. Todos possuem uma visão que nega outros modos de crer e pensar. O mesmo acontece nos auto-elogios das pessoas de raça branca e o desprezo pelas outras como proclamam os fanáticos da extrema direita, nas ações violentas de uma torcida sobre a outra, todos, sinalizam que o indivíduo se rende ao grupo e este "a causa". Os recém convertidos de qualquer seita religiosa ou política estão sempre convictos que, finalmente, contemplam a verdade e essa tem que ser imposta a todos, custe o que custar.

O terceiro indicativo de fanatismo, já dissemos, é quando uma pessoa passa a colocar uma causa suprema (podendo esta ser justa ou delirante) acima da vida dela e dos outros.

Quarto, quando um indivíduo e/ou grupo se isolam da convivência familiar e social e adotam um modo de vida narcísico [21] (no igual modo de vestir, de cortar ou não cortar o cabelo, no jeito de falar, nas regras de comer, na ritualística, etc), enfim, quando uniformizam seu discurso, gestos, postura, atitudes em geral e punem os que se recusam a seguir as regras impostas. Entrar para um grupo de fanáticos implica em renunciar: pai, mãe, os filhos, os amigos, o lugar onde viveu, o trabalho, enfim, os membros são persuadidos a matarem os vestígios simbólicos da vida anterior para fazer renascer a vida em outra base moral e de fé.

Quinto, quando o indivíduo e/ou grupo perdem o bom-senso na lógica da comunicação e nas ações do cotidiano. O discurso passa a ser repetitivo e estranho à vida comum.

O sexto indício de fanatismo é quando se perde o sentido de respeito e humanidade para com os diferentes, em nome de uma causa transcendente.

O psicólogo francês, J-M. Abgrael, resume o método de doutrinação fanática em 3 etapas: 1o) sedução das pessoas para a "causa"; 2o) destruição da antiga personalidade, eliminação dos elos familiares, sociais e profissionais e 3o) construção de uma nova personalidade "renascida" ou "renovada", de acordo com o modelo e as regras da seita.  Geralmente essa passagem da vida normal para a vida "renovada", há um ritual, algum tipo de batismo, onde se inicia a adoção de um novo nome, novos hábitos, apresentação de novas "famílias". Sentir-se incluso num grupo "de irmãos" ou "de luta pela causa" "é como estar apaixonado; surge uma sensação maravilhosa, tudo passa a fazer sentido na vida, a pessoa se sente acolhida e imensamente alegre". O indivíduo passa a se ver se modo especial, diferente dos demais para realizar a missão elevada; se vê inundado por um sentimento grandioso que Freud chama de "sentimento oceânico". Imagine um indivíduo desesperado, desgarrado de seu grupo social, sem uma forte identidade psicossocial cuja vida perdeu o sentido, ao ser acolhido em um grupo fanático, recebe mensagens confortadoras, do tipo: "nós amamos você", "você é muito importante para o projeto de Deus", "você faz parte de nossa vida", "Deus te ama", etc Diz P. Demo (2001) "o sentimento de ser amado, move o entusiasmo mais do de qualquer coisa".

Faz parte da estratégia para atrair pessoas para novas seitas e igrejas, investir em programas produzidos para solitários que sofrem insônia e depressão nas madrugadas. Os desesperados sentem-se acolhidos com tais palavras mágicas e facilmente se sentem inclusos e maravilhados pela ilusão de nova vida e sentimento extremo de felicidade,  numa igreja em que o fanatismo é o seu ponto cego.

Todo fanático é intolerante.

O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes. Um evangélico fanático é incapaz de diálogo e respeito para com um católico ou um budista. Um fanático de direita não quer diálogo com os de esquerda. Organizações como a Ku Klux Klan são intolerantes igualmente com negros adultos, mulheres e crianças. Por isso se diz que há em cada fanático um fascista camuflado, pronto para emergir em atos de exclusão e eliminação.

O semiólogo e filósofo italiano, Umberto Eco, reconhece que o protofascismo está presente nos movimentos fanáticos [22] . No campo político, não importa auto denominar-se de "esquerda" ou de "direita" pode existir um protofascismo. No fundo os atos terroristas são produzidos e sustentados por fanatismos de inspiração místico-fascista [23] incapazes de diálogo ou argumento racional que esclarece sua causa objetiva. Não é sem sentido que os atos terroristas deixaram de dizer algo pela palavra e passaram a ser apenas o ato, o acting out.  S. P. Rouanet diz que "os terroristas são agentes de uma ideologia religiosa extrema direita ... que funciona como ópio do povo..." (A coroa e a estrela, FSP, Mais!, 18/11/01)

O fascismo, tanto o de Estado dos fundamentalistas religiosos, como o que está pulverizado nos atos do cotidiano das relações humanas, é fanático porque desrespeita, desconsidera, é intolerante quanto ao modo de ser, pensar e agir do outro [24] , é tradicionalista-fundamentalista.  Enquanto o fascista "quer o poder pelo poder", há o fanático "autêntico" que anseia dominar o mundo com sua crença, e o "fanático terrorista" que "deseja apenas destruir a estrutura de sustentação do inimigo". Mas, ambos, o fascismo e o fanatismo não são compatíveis com a democracia. Ambos pregam intolerância multirreligiosa, a intolerância multicultural e multirracial e usam o espaço de liberdade democrática para espalhar o seu ódio e sua crença.

O sentimento que no fundo sustenta o fanatismo e o fascismo não é a fé, nem o amor [Eros], mas o ódio [Thanatos] e a intolerância. O desejo do fanático "autêntico" é dominar o mundo com seu sistema de crença cheio de certeza. No plano psíquico, o lugar do recalque torna-se depósito de ódio e desejo de eliminar todos os que atrapalham o seu ideal de sociedade. Certa dose de paciência doutrinada o faz esperar-agindo para que a "idade de ouro puro" possa um dia acontecer. 

São tão fanáticos os terroristas-suicidas muçulmanos como os fundamentalistas cristãos norte-americanos que atacam clínicas de abortos, perseguem homossexuais, proíbem o ensino da teoria evolucionista de Darwin, obrigando aos professores ensinarem a doutrina criacionista tal como está na Bíblia, ou ainda, os protestantes da Irlanda do Norte que atacam crianças católicas ou os bascos que querem ser um país independente a qualquer preço, por meio do terror.

Alguns personagens "messiânicos" de nosso tempo, como Hitler, Idi Amin, Reagan, G. W. Bush, Sharon, os grupos dos martírios suicidas do Oriente Médio, entre outros, tem algo em comum: cada um se sente o escolhido para cumprir uma especial missão [25] . Hitler discursou que "as lágrimas da guerra preparariam as colheitas do mundo futuro". G. Bush, na sua ânsia de guerra contra o ditador S. Hussein, não estaria delirando no mesma linha ? Não é sem sentido que os EUA, tem sido o solo fértil de seitas cristãs fanáticas. Uma delas, A Casa dos Filhos de Jeová, torce para o mundo se acabar logo, porque seus membros acreditam que depois surgirá uma nova civilização do Bem.

Fanáticos e suicidas carecem de humor

O fanatismo parece ser uma doença contagiosa, pois tem o poder de atrair adeptos geralmente em crise profunda de vida pessoal. Fanáticos e suicidas tem em comum a falta de humor e o desapego pela própria vida. A certeza cega tira-lhes o humor e os colocam no caminho do sacrifício místico.

O escritor e pacifista israelense, Amós Oz, numa carta ao escritor japonês Kenzaburo Oe, Prêmio Nobel de 1994, escreve ter encontrado a "cura para o fanatismo": o bom humor. Diz que: "nunca vi um fanático bem-humorado, nem alguém bem-humorado se tornar fanático". Oz imagina uma forma mágica de prevenir o fanatismo: um novo tipo de messias que "chegará rindo e contando piadas".

Emil Cioran, um filósofo amargo e pessimista, vê nas atitudes dos céticos, dos preguiçosos e dos estetas, os únicos que verdadeiramente estão a salvo do fanatismo. Já os religiosos estreitos, os políticos sectários, os dogmáticos que habitam em todas as áreas do conhecimento, tendem ao fanatismo com seus instrumentos próprios. O fanática jamais se pensa ser fanático [26] .

Enfim, é preciso estarmos atentos e preparados para resistir os apelos do fanatismo que como erva daninha não escolhe lugar para germinar e se alastrar. Os grupos fanáticos exercem um atrativo para os indivíduos que possuem uma estrutura psíquica vulnerável, os desesperados, os desgarrados, os avessos ao espírito crítico ou predispostos à crendice, ao desejo de encontrar uma certeza e a se "contentar-se com pouco" na terra, porque ele tem certeza de que ganhará na suposta vida após a morte. Tanto o fanatismo como a guerra estão entre as situações que se encontram na contramão da sabedoria. 

Para prevenção do fanatismo

Freud, como pensador evolucionista, pensava que só quando a civilização ascendesse à maturidade psíquica é que descartaria os mecanismos infantis ou alienantes cuja matriz é a religião. Segundo o fundador da psicanálise, a religião infantiliza as pessoas e as arrasta ao delírio de massa. O homem não poderia viver nesse estado de infantilismo para sempre, daí a urgente necessidade de um projeto de uma "educação para a realidade" [27] , que fortaleceria a vida intelectual, facilitando o acesso de todos ao conhecimento científico, por ser este verdadeiro. Ademais, a religião não fez e nem faz as pessoas felizes, mas, dá-lhes uma ilusão de felicidade; sem dúvida, ela tem o poder de controla os impulsos primitivos psicossexuais e proporciona alguma direção moral, que costuma ir além do necessário, ou seja, reprimindo o potencial criativo ou de prazer genuíno das pessoas.

Amós Oz [28] , o escritor pacifista, sugere a criação de escolas em todo o mundo da disciplina "fanatismo comparado". Tal disciplina não apenas serviria para entender os fanatismos: religioso, nacionalista, racial, político, desportivo, mas também outros que passam desapercebidos, como o "antitabagista" que poderia queimar os que fumam, o "vegetariano" que comeria vivo quem come carne, "o ecologista" que prefere salvar as baleias às pessoas famintas, etc. Uma disciplina como essa, teria uma função mais que educativa, teria uma preocupação preventiva quanto a possibilidade de "contágio" social do fanatismo, já que pode-se pegá-lo ao tentar curar alguém desse mal. "Conheço o perigo de se tornar um fanático antifanatismo", alerta o escritor.

Concluindo, resumimos que, previne-se o fanatismo com uma educação de boa qualidade, que saiba promover a cultura geral - mais do que a fé - e o sentido de grupo, de criatividade e humor.

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* Psicanalista, docente na UEM e doutorando na Universidade de São Paulo

[1] Geralmente os fanáticos que se tornam assassinos o fazem "em nome de Deus", ou em nome de um Outro qualquer. Ele é apenas um comandado. Já os assassinatos múltiplos disparados por um franco atirador anônimo, nos EUA,  parecem não ser movidos por um Outro, ou "Grande ser", isto porque o assassino se diz que é o próprio "Deus".

[2] Basta ir a um templo evangélico ou, nas madrugadas, assistir pela televisão um show de exorcismo

[3] Nesse sentido, o Prof. Hilton Japiassu, costuma citar F. Jacob, que diz: "Não é somente o interesse que leva os homens a se matarem. Também é o dogmatismo. Nada é tão perigoso quanto a certeza de ter razão. Nada causa tanta destruição quanto a obsessão de uma verdade considerada como absoluta. Todos os crimes da História são consequência de algum fanatismo. Todos os massacres foram realizados por virtude: em nome da religião verdadeira, do racionalismo legítimo, da política idônea, da ideologia justa; em suma, em nome do combater contra a verdade do outro, do combate contra Satã" . Cf.: Crise da razão no ocidente. In: Japiassu, H. Desistir de penar? Nem pensar, 2001.

Tb.http://www.editoraeletronica.net/autor/069/06900100_1.htm - topo

[4] Zusman, W. 2001.

[5] Para uma melhor compreensão dessa distinção, ver Juranville, A. Lacan e a filosofia. Rio: Jorge Zahar, 1987, principalmente a segunda parte.

[6] Ossama Bin Laden é um bom exemplo de um fanático tecnológico que faz comunicados, monólogos, declarações ou discursos, jamais se oferece para um diálogo franco e aberto para confrontar com outros pontos de vista.

[7] "O terrorismo é uma das expressões do fanatismo fundamentalista".

[8] Cf.: Chemama, R.1995, p. 79-81.

[9] Cf.: conforme análise de Becker, S., 1999.

[10] Essa é a tese de S. Becker, 1999.

[11] Originariamente o holocausto [gr. Holókauston] era o "sacrifício em que a vítima era queimada inteira". Entre os hebreus, o holocausto era também o sacrifício em que se queimavam inteiramente as vítimas, tendo assim um sentido de imolação ou expiação. No período nazista, entre 1935 e 1945, os judeus se viram diante de um novo holocausto, sendo obrigados a perda da cidadania, a trabalhos forçados, a serem fuzilados em massa, serem transportados pela força para os campos de concentração onde terminavam sendo exterminados coletivamente em câmaras de gás. Durante esse holocausto, cerca de 6 milhões de judeus pereceram.

[12] Cf.: Manvell, R, e Fraenkel, H. 1962, p. 262. Conferir pelo menos todo o capítulo final "Nuremberg". 

[13] Dito por Hitler, em Mein Kampf. Apud Becker, S. 1999, p. 157.

[14] Dito por Ossama Bin Laden, por ocasião do ataque aos EUA.

[15] "É o saber instituído no discurso universitário, quando o S1 vem no lugar da verdade. Com a extinção desse lugar ético, acontece a forclusão do Nome-do-Pai e a formação da holófrase parafrênica". (Becker, S., 1999, p. 158).

[16] Cf.: S. Freud. [1911] Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia (dementia paranoides), v. XII, p. 15 -105.

[17] Raciocínio parecido fez o ensaista, poeta e dramaturgo alemão, Hans Magnus Enzensberger, onde escreve: "Não importa saber de qual alucinação se trata. Qualquer instância superior serve - uma missão divina, uma pátria sagrada, a uma revolução qualquer. Em caso de emergência, no entanto, o suicida assassino [refere-se aos kamisazes de 11 de setembro, entre outros atos suicídas]pode se arranjar até com uma justificativa qualquer de segunda mão. Seu triunfo consiste no fato de que não poderá ser atacado nem punido; disso ele mesmo se encarrega. E também o mandante à distância aguarda em seu "bunker " o  momento da própria extinção; deleita-se  - como Elias Canetti já há meio século formulava - só com a idéia de que antes dele possivelmente todos os outros, inclusive seus correligionários, serão mortos" (grifo meu). Enzensberger, H. M. Paranóia da autodestruição. Folha de S. Paulo - Mais, 11/11/2001.

[18] Cf.: Chemama, R. 1995, p. 161-2.

[19] Cf.: R. Alves. 2001, p. 105-10.

[20] Trata-se de uma conceito de R. Barthes, trabalhado por L. Mrech 1999) . As "estruturas de alienação do saber" são formas estereotipadas de saber, mas que perderam o contato real  com a realidade entre os sujeitos. É uma estrutura  programada para filtrar o que o sujeito deve escutar, o que dizer e o que fazer em um determinado momento. Não incorpora nada novo, apenas repete.

[21] Observamos que o narcisismo visa um resultado de gozo místico que implica, sobretudo, "amar a si mesmo", tal como o Mito de Narciso, que morre diante de sua imagem refletida na água, ignorante que era sua própria imagem. O êxtase do místico, que faz um ato de terror, ou de suicídio ou, ainda, de ambos, é a intenção de "ultrapassagem do limiar do gozo-Outro" (Nasio, 1993) ; de um gozar que implicam o corpo e o psíquico, na crença suposta de uma vida após a morte.

[22] Cf.: Nebulosa fascista. FSP, 1995.

[23] O fascista não é necessariamente nazista. Esclarece Eco que enquanto o nazista é obcecado pela raça pura, o fascista é pelo comando total das pessoas, que perdem suas liberdades.

[24] Estamos nos baseando nas teses de U. Eco, escritas no artigo ensaio "Nebulosa fascista", que aproveitamos em nosso artigo "Tolerância zero ao profofascismo", publicado na revista virtual www.espacoacademico.com.br , ano 1, n. 4, set. 2001.

[25] O tamanho do cinismo de Hitler está na frase: "pela graça de Deus, eu sempre evitei oprimir meus inimigos" (apud Chalita, M., s.d., p. 186). Tem sido frequente, ditadores se verem os eleitos de Deus para cumprir uma missão na terra. Idi Amim Dada, o ditador-açougueiro de Uganda, certa vez declarou: "Eu só atuo conforme as instruções de Deus". (apud Chalita, M., s. d., p. 186).

[26] Segundo pesquisa de P. Demo (20000) 3/4 dos crentes da Igreja Universal do Reino de Deus negam com veemência que a religião fosse uma forma de fuga. Também é frenética a exacerbação do nome de Jesus, que é visto como única solução de todos os problemas.

[27] Freud, S. Futuro de uma ilusão, p. 64.

[28] A. Óz. Folha de S. Paulo - Cad. Mais!

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Raymundo de Lima

Psicanalista, mestre em Psicologia Escolar (UGF) e Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). professor do Depto. Fundamentos da Educação (DFE) da Universidade Estadual de Maringá (Pr), e voluntário do CVV-Samaritanos de Maringá (PR).

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