A difícil arte de aprender a dialogar: reflexões e possibilidades



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Metodologia de ensinar ou metodologia de aprender?
  4. A empatia como instrumento privilegiado da dialogicidade
  5. Conclusão
  6. Referências

RESUMO

O escrito que vem a seguir nas próximas linhas é continuação de uma reflexão mensal que se estende já por vários meses como uma colaboração para a revista eletrônica Espaço da Sophia. Neste mês a intenção é refletir sobre a dificuldade do diálogo, mesmo quando o professor está convencido de sua importáncia e sua necessidade. Vão ser refletidas três atitudes que servirão para motivar o professor para um diálogo: a empatia, o triplo conceito: investigação - tematização - problematização e, por último, a flexibilização e a disposição em aprender a dialogar. O artigo conclui que praticar o diálogo é difícil por dois motivos: pela dificuldade de aceitar esta modalidade e por não saber realmente como realizá-lo.

Palavras-chave: Diálogo, Planejamento Participativo, Empatia, Dificuldades para o Diálogo

ABSTRACT

The writing that comes in the next lines is a continuation of a monthly reflection that already extends for several months as a collaboration for the electronic magazine "Espaço da Sophia". On this month the intention is to contemplate about the difficulty of the same dialogue when the teacher is convinced of its importance and need.

They will be ratiocinated three attitudes that will be motivating the teacher for a dialogue: the empathy, the triple concept: investigation-tematization- problematization and, last, the flexibilization and the disposition in learning how to dialogue. The article ends concluding that to practice the dialogue is difficult for two reasons: difficulty of accepting this modality and for not knowing really how to accomplish it.

Key-Words: Dialogue, Participative Planning, Empathy, Difficulties for the Dialogue.

1 INTRODUÇÃO

Realizar a metodologia do diálogo não é empreendimento fácil. Este artigo tem a pretensão de refletir sobre a possibilidade da aplicação da metodologia da dialogicidade de Paulo Freire, estudada e detalhada por outros estudiosos no decorrer dos desses anos. A primeira consideração a se fazer é justamente aquela que a metodologia da dialogicidade não foi pensada por Paulo Freire como um

Método de Ensino, mas muito mais como um Método de Aprendizagem. Dizendo com outros termos ela não é um método de ensinar, é um método de aprender.

De qualquer forma, seja considerando-a uma coisa ou outra, a sua prática não é empreitada simples e fácil. Mesmo quando existe convicção e clareza sobre a necessidade da prática do diálogo, o professor que desejar fazê-lo vai se defrontar com estas limitações e dificuldades. Sem falar que são muito poucos aqueles que chegam a esse estágio de convencimento e aceitação do diálogo como elemento essencial para desenvolvimento da verdadeira e produtiva aprendizagem.

2 METODOLOGIA DE ENSINAR OU METODOLOGIA DE APRENDER?

Feitosa no seu trabalho já alerta.: Paulo Freire não entendia dialogicidade como um método de ensino, mas como uma teoria do Conhecimento ou em outras palavras um método de aprendimento.

Também tenha-se em conta que Paulo Freire não indicava uma teoria ou metodologia para o Ensino Superior. Sua área de preocupação era alfabetização, e esta ainda, centralizada em jovens e adultos.

Em todo o caso, em qualquer nível de ensino, a aprendizagem se torna melhor quando ela está baseada num relacionamento sadio e proveitoso entre professor e aluno, ou seja, entre educador e educando ou ainda, preferivelmente, entre aprendedores. Quando a relação se alicerça mais na relação de pessoas que aprendem umas com as outras, é possível diminuir as distáncias, as diferenças, as variações de importáncia. Pode-se considerar, portanto, que

O relacionamento educador-educando nessa perspectiva se estabelece na horizontalidade onde juntos se posicionam como sujeitos do ato do conhecimento. Elimina-se portanto toda relação de autoridade uma vez que essa prática inviabiliza o trabalho de criticidade e conscientização (FEITOSA, 1999, página eletrônica).

Essa concepção vai provocar no professor uma revolução pessoal nas suas idéias e nas suas atitudes. Ele vai se sentir na obrigação de contrariar certas visões já arraigadas de que o educador seria aquele que teria um certo "papel privilegiado de detentor do saber". Paulo Freire compreende o professor como um "Animador de debates", um coordenador e problematizador que levanta discussões e colhe opiniões para que surjam possibilidades e horizontes de soluções.


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