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Sin comunicación no hay cultura, historia, ni futuro; no hay pueblos (página 2)

Aline Moreira Magalhães

O México, portanto, propicia um campo peculiar de investigação sobre o ativismo eletrônico indígena não apenas por sediar a militância zapatista e ter um acúmulo de discussões sobre a utilização das TIC´s (Tecnologias de Informação e Comunicação), mas em virtude da alta representatividade indígena, o que possibilita pensar a associação de identidades étnicas atreladas à construção de significados em torno do Estado-nação.

O presente artigo, porém, não pretende se restringir a constatar de antemão tal hipótese, mas discutir brevemente concepções acerca da construção da identidade étnica, e de sua relação com alguns setores da sociedade. Ao invés de colocá-los em contradição, apontar um elemento a mais para uma possível explicação que abarque "a constelação de fatores" (WEBER, 1995) que engendra ações coletivas de cunho étnico, sejam pragmáticas ou por meio do discurso.

Nesse sentido, procuraremos analisar algumas páginas virtuais de organizações indígenas mexicanas, considerando alguns aspectos relevantes do contexto na qual se inserem, algumas contribuições teóricas já esboçadas em torno da questão do ativismo eletrônico indígena, e enfim analisar os discursos virtuais de algumas organizações indígenas, considerando alguns pressupostos teóricos futuramente explicitados. Buscaremos explorar os temas privilegiados, imagens utilizadas, como se apresentam e se entrelaçam certos conceitos etc.

2.      Considerações metodológicas

Procurou-se alcançar os objetivos acima descritos por meio da procura dos sítios de organizações indígenas mexicanas no site de busca Google do México (www.google.com.mx), digitando alguns termos em espanhol como "organizaciónes indígenas" ou "poblaciónes indígenas" no menu avançado que busca o termo integral, ao invés de separar as palavras. Foi encontrado o sítio da Red de Información Indígena, pertencente à La Neta, braço da APC (Association for Progress of Comunication) no México, que fornece a lista de diversas organizações indígenas de toda América (América do Sul, do Norte e Central). A lista de organizações do México foi a principal fonte desse trabalho, sendo encontrados outros sítios a partir da consulta aos endereços eletrônicos contidos na mesma.

Foram encontradas aproximadamente 350 organizações existentes no México em listas de sites de organizações como, a Unión de Comunidades Indígenas de La Zona Norte del Istmo (UCIZONI), e-Indígena, de organismos que atuam no campo indigenista como o Instituto Nacional Indigenist (órgão governamental), CIESAS (Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social), além da La Neta. A investigação contou com uma busca, na web, das 350 organizações encontradas nessas listas, e no total, apenas 45 organizações foram encontradas na Internet, com páginas virtuais próprias. Alguns sites encontravam-se desativados durante o período da pesquisa.

O levantamento dos sítios de organizações indígenas mexicanas na internet, teve como critério a auto-denominação expressa na página principal (homepage) e/ou nos links. Após verificação inicial dos tipos de organizações encontradas, constatou-se uma diferença significativa de propostas de ação, permitindo uma classificação das organizações de acordo com eixos de trabalho, isto é, o que a organização defende e em qual campo atua prioritariamente, de acordo com sua página virtual.

Ressalvado o não pertencimento a apenas um campo de demandas e ações, pois todas as organizações atuavam, segundo suas páginas na internet, em várias frentes, tal classificação tentou contemplar essa hibridização utilizando a palavra "ênfase" para indicar essa falta de exclusividade e serviu como critério na escolha dos sites a serem analisados mais sistematicamente por meio de um estudo qualitativo de uma amostra de cada uma das diferentes categorias criadas.

Num total de 45 organizações, 20 pertencem à primeira categoria, 13 à segunda, 5 à terceira e 7 à quarta, conforme lista em anexo.

Convém destacar que tais categorias não devem ser interpretadas como instrumentos estanques de investigação, apenas servem ao propósito explicativo da presente pesquisa, na tentativa de abarcar diferentes modelos de organizações indígenas, tanto da perspectiva de seu campo de ação como da relação mantida com agências governamentais e ONG´s. Aí se encontra uma certa "representatividade" da amostra, ainda que esse termo seja passível de problematizações teóricas, considerada a limitada presença de organizações na internet. Portanto, tratam-se de tipos ideais constituídos para auxiliar a pesquisa, ao invés de pretender uma correspondência integral com as fontes utilizadas ou enquadrar uma generalização a partir de tais categorias.

Uma exceção no que diz respeito a esta classificação das organizações é o Exército Zapatista de Libertação Nacional, emblema de atuação indígena e camponesa no contexto mexicano. Tornou-se complicado enquadrá-lo em qualquer uma das categorias pois, segundo seu site, sua atuação política não se restringe ou prioriza a cooperação agrícola ou a defesa territorial etc. Além de uma atuação abrangente, trata-se de um caso significativo no contexto mexicano por ter se tornado desde a década de 90 uma referência de prática política e reafirmação identitária indígena. Apesar de emblemático, optamos ao longo da pesquisa por excluir o site do EZLN da investigação, por compreender que já existem diversos trabalhos sobre o ativismo eletrônico dessa organização.

Apresentaremos a investigação referente a duas categorias de sites de organizações, a partir de duas amostras de cada uma, por conformarem a maior parte deles:

Organizações que enfatizam a reafirmação dos direitos humanos e/ou indígenas através da identidade étnica, da promoção educacional/cultural e da defesa territorial:

Consejo de la Nacionalidad Otomí (CONAO)

Unión de Pueblos Contra la Repressión y Militarización de la Región Loxicha (UPCRMRL)

Organizações que enfatizam a cooperação produtiva (agrícola, artesã etc)

Coordinadora de Organizaciónes Campesinas e Indígenas de la Huasteca Potosina (COCIHP)

Campesinos Unidos de los Chenes de K"abitah

3.      Ressalvas e limites teóricos da pesquisa

No entanto, qual o lugar que a Internet ocuparia nesse conflito de referentes e significados? Para a tarefa proposta neste ensaio, antes são necessárias algumas elucidações a esse respeito: primeiro, a idéia de que a Internet permite a criação e incorporação de diversos imaginários em seus espaços e seu conseqüente conflito; segundo, a importância que a comunicação transnacional passa a ter na sensibilização acerca da problemática indígena; isso está longe de admitir que o conflito e a disputa que as organizações travam em seu cotidiano existem apenas em função da existência de sítios virtuais, como é o caso de algumas análises acadêmicas referentes à militância dos zapatistas. Isso posto, deve-se considerar as organizações em si, isto é, a forma de se expressarem virtualmente demonstra um determinado modo de construção política identitária. Tratam-se de grupos organizados, instituídos, auto-identificados conscientemente de acordo com certos objetivos e características que podem ser classificáveis. Isso leva à necessidade de se explicitar com quais conceitos de etnia tal abordagem se identifica.

A utilização de recursos materiais modernos que não condizem com o estereótipo ocidental sobre essas populações, contradizendo a preservação de tradições e cosmovisões imaculadas, o que seria, portanto, o critério para sua indianidade, coloca em cheque as teorias que atribuem ao "indígena" uma unidade cultural estruturante. A essa idéia reificada e essencialista de etnia na qual se encontra implícito o argumento simplista dos isolamentos social e geográfico como produtores em si para a perpetuação da diferenciação cultural numa sociedade "globalizada", Barth (1969) contrapõe-se com a concepção de fronteira étnica, sustentando o caráter interacionista e "artificial" da diferenciação e manutenção da diferenciação entre grupos.

Tal argumento está longe de qualificar o discurso e práticas do movimento indígena como uma "teatralidade cínica", pura manipulação de imagens e falas com o intuito previamente planejado racionalmente de vitimização. Trata-se, antes disso, de um "processo de construção social da etnicidade, formada na interface de condições materiais e históricas, e uma prática social, um modo de expressar consciência, defender o status quo ou de organizar um protesto." (NAGENGAST et al., 1990)

Nesse sentido, convém falar em representações ao invés de representação para abarcar as significações a que se conferem o termo "indígena", quando nos referimos às idéias que estão em disputa no espaço virtual contra os estereótipos eurocêntricos das agências globais, assim como sugere Monastérios (2003). Dessa forma o termo representações de identidade consegue ressaltar o caráter dinâmico desse processo de construção. Ainda segundo o argumento da autora, a própria utilização da palavra ´identidade´, assim como a exibição em seus sites de desenhos, discursos e símbolos que integram seus "sistemas de cosmovisão", podem ser vistos como sintomáticos da tentativa de conferir unidade e legitimação institucional à organização que se pretende representar.

Ao contrário de considerar o impacto da ciência e da tecnologia sobre as relações sociais como alienação e perda de autenticidade do sujeito, a compreensão de processos de "conscientização étnica em cenários onde predominam fluxos intensos e assimétricos de significados entre agentes que circulam em universos culturais diferentes" (PERES, 2005) lança luz sobre os processos de formação de identidade étnica em espaços globalizados que passam a tornar-se interétnicos. Tal como redes de recrutamento (MELUCCI, 2001), por meio das quais os indivíduos interagem, influenciam-se e produzem quadros cognitivos e motivacionais necessários para a ação, a Internet e o ativismo eletrônico constituem também uma possibilidade de inserção em uma comunidade, ainda que fluida, virtual e complexa, de militantes e simpatizantes que compartilham valores e paradigmas cognitivos que contribuem para ampliar a força interpelativa do discurso étnico-político indígena.

Contudo, convém destacar a ressalva de Ribeiro (2000) quanto ao caráter monopolista e hierárquico da Internet: no caso mexicano, por exemplo, a La Neta, provedor da maior parte dos sítios pesquisados é uma filial da APC (Association for Progress of Communication), uma das primeiras, e hoje uma das maiores ONG´s internacionais voltada ao desenvolvimento e "democratização" [2] da nova tecnologia de telecomunicações, a rede mundial de computador. O acesso à Internet, ainda que o pólo de emissão seja liberado, se restringe aos grupos detentores de diversos equipamentos de informática (computadores, hardware anexos além da linha telefônica), além de pessoas que possuem conhecimentos específicos para se construir uma página na web, capital material e simbólico que não se estende a todas as comunidades e organizações indígenas no México. Como salienta Sorj,

"as tecnologias da informação e comunicação (...) são muito dinâmicas e obrigam a uma atualização constante de hardware e software e dos sistemas de acesso, que, para não ficarem obsoletos, exigem um investimento regular por parte do usuário"

Em virtude dessas limitações em termos de inserção digital por parte da maioria das organizações, torna-se ainda mais problemático teoricamente falar em "movimento indígena" na análise dos sites encontrados. Não pretendo, portanto, aferir das fontes utilizadas generalizações que ultrapassariam o universo estudado. Porém, de acordo com a pesquisa, alguns apontamentos sobre a relação entre essas organizações e ONG´s podem e devem ser realizadas.

Considerando que a participação em um meio de comunicação predominantemente dominado tecnologicamente por grandes corporações internacionais implica em negociações e concessões no âmbito da linguagem e referentes por parte das organizações indígenas, tal disputa política pressupõe a comparabilidade de ações dos grupos envolvidos. Claro está que a construção étnica não se dá integralmente via web e em função desta. Mas a existência de um público-alvo predominante dos sites das organizações indígenas, no caso agências financiadoras, estatais e "sociedade civil internacional", orienta discursos em termos de concepções valorativas e temas privilegiados.

A alocação de recursos provenientes de outras ONG´s além da La Neta às organizações e dirigidos às organizações indígenas revelou-se desigual, o que proporciona uma melhor estrutura para o site em termos de recursos visuais. Encontramos um total de quase 350 organizações existentes no México (em listas de sites governamentais, de ONG´s ou nas próprias organizações), dentre as quais apenas 45 possuem sítios virtuais. Desses 45 sítios, 19 estão alojados na La Neta.

O patrocínio de ONG´s além da La Neta demonstrou ser praticamente determinante na diferença visual e na acessibilidade do site, com algumas exceções. Nesse sentido, quando a organização possui apenas o suporte técnico e o alojamento virtual da La Neta, o sítio da organização é apenas um texto de apresentação sem qualquer figura ou foto. Quando além desse suporte mínimo a organização explicita outro tipo de financiamento por parte do governo ou de ONG´s, constata-se uma maior elaboração em termos áudio-visuais do sítio.

O perfil dessas ONG´s internacionais ou nacionais financiadoras é outro aspecto relevante na análise da ocupação das organizações na Internet. A questão da promoção de relações econômicas entre o Sul e o Norte baseadas no "comércio justo" é priorizada por parte delas, principalmente elevando como primordial a agricultura orgânica, sendo um dos critérios para o patrocínio. É o caso da Naturland (agência alemã), Max Havelaar (francesa), Alternativa 3 (espanhola), Fairtrade – FLO- Fairtrade Lebelling Organizations International (alemã), entre outras, que financiam cooperativas agrícolas em países do sul e do norte. A promoção da comunicação livre ou da democratização da comunicação concorre para outro tipo de atuação engajada por tais ONG´s no auxílio às organizações indígenas[3]. Outras justificam seu auxílio às organizações de acordo com princípios humanistas, que segundo seus sites atuam em defesa dos direitos humanos. Essa diferenciação de critérios de financiamento submetidos às organizações indígenas pelas ONG´s, com exceção das que promovem o livre acesso às TIC´s é consoante com a divisão aqui realizada para efeitos metodológicos para as próprias organizações indígenas, o que demonstra que essa ocupação virtual depende de forma significativa das demandas ideológicas das agências e atores internacionais engajados eletronicamente.

Assim, a Internet pode ser pensada como apenas mais um dos elementos por meio do quais grupos podem se transformar a partir da interação. A construção de sites pressupõe uma modificação da imagem do grupo para tornar informações e falas acessíveis e comunicáveis, atendendo ao caráter e função principal da rede mundial de computadores, isto é, o acesso público e irrestrito. A analogia entre documentos históricos e Internet na análise de discursos virtuais considera a correspondência entre representações individuais e coletivas e ações sociais. São,

"(...) enunciados performativos que pretendem que aconteça aquilo que enunciam, restituir ao mesmo tempo as estruturas objetivas e a relação com estas estruturas, a começar pela pretensão a transformá-las (...)" (Bourdieu, 1989 p. 139)

Essa indissociabilidade autoriza o estudo de discursos virtuais identitários e étnicos, por poderem indicar elementos ou possíveis orientações ideológicas e valorativas em torno das quais se insere a atuação política dessas organizações. No entanto, não há a intenção de se verificar uma correspondência integral entre discurso midiático e práticas das organizações, que apenas seria possível com uma investigação in loco.

Portanto, procurarei explorar a partir de dados etnográficos, tomando como fonte tais sites, a dinâmica específica da relação dos grupos envolvidos na comunicação via PC´s, e no que tal aspecto influi sobre a própria constituição de discursos, tomando como base principal suas interlocuções "virtuais". Em outros termos, de que forma referências e linguagem podem estar relacionados aos aspectos comunicativos da interação via Internet.

4.      Etnografando os sites

Primeiro, encontra-se presente uma tentativa de conferir unidade à etnia representada pela organização, o que pode ser interpretado como correspondência aos critérios de origem e compromisso referentes ao "ser indígena" (como apontado anteriormente). Em diversos sítios é comum uma descrição sobre o conteúdo da cultura ou etnia em questão por meio de textos extensos, ou das etnias representadas ou englobadas pela organização, tradições dessas etnias, lugares históricos importantes para esses povos, descrição demográfica e história da organização, expressando objetivos, projetos e ações de resistência. Por exemplo, a Unión de Pueblos Contra la Repressión y Militarización de la Región Loxicha (UPCRMRL) informando sobre suas crenças e festividades religiosas:

"Somos indígenas zapotecos, hablamos la lengua zapoteca del sur, adoramos el sol, la luna, el rayo, las ciénegas y el maíz. (.) se le hace obsequio y se le ruega a la madre tierra para que salgan buenas cosechas, se entierra un guajolotito o un coconito, se quema el incienso para humear las milpitas.

Las festividades religiosas que se celebran en la parroquia de San Agustín Loxicha son diez. A saber; Semana Santa, del Santo Patrón el 28 de agosto, la Noche Buena, la Virgen del Carmen, (.) Desde los tiempos remotos hasta los años setenta aproximadamente nuestros ancestros tenían la costumbre de nombrar Mayordomía que se encargaba de celebrar las festividades con tanto orgullo." (http://www.loxicha.org Agosto, 2006)

A atribuição a um mito totalizante de origem ligado a uma relação ecológica harmônica e imanente é um elemento importante na análise da construção do discurso indígena. Torna-se importante para ressaltar e resgatar uma identidade coletiva a manipulação de elementos "não-políticos" e a atribuição de significados múltiplos aos seus objetivos para dar um sentido às suas ações (MELUCCI, 2001).

A utilização de imagens como celebrações religiosas e rituais específicos ao grupo em questão é outro recurso importante na construção da unidade. Dessa forma, na página principal do Consejo de la Nacionalidad Otomí aparece uma foto de homens vestidos de branco, com roupas e ornamentos típicos reservados à celebração de algum evento ou data importante, e um dos homens segura uma espécie de cajado. Em muitos links da página, fotos de festas importantes no Centro Cerimonial Otomí, danças típicas além da afirmação constante da antiguidade desse povo na ocupação do território mexicano. (Ver figura 4)

"La nación ñätho ñähñu ñuhmu 'ñuhu ( otomí ), es el pueblo más antiguo de Nxihmhöi (nuestro Continente). Cuentan los viejos sabios, los guardianes de la historia oral que, la vida otomí se remonta a un pasado que se pierde en la neblina del tiempo. (...) Fueron los inventores del medepa o cuenta del tiempo (calendario); tuvieron comunicación con otros pueblos y seres de otros lugares del universo. Utilizaron diversas formas y tipos de energía. Desarrollaron el arte, la ciencia, la literatura y la educación. Su desarrollo fue grande. Construyeron casas sagradas o centros ceremoniales llamados Mähki Dänguu; las huellas de ésta civilización están estas ciudades milenarias." (http://www.redindigena.net/conao Agosto, 2006)

O passado tradicional é resgatado também a partir de uma relação harmoniosa com a natureza, invocando uma percepção de que a etnia em questão mantém desde sempre uma prática de preservação do chamado "meio ambiente". A CONAO, quando convida os internautas para a cerimônia Oito Mil Tambores Sagrados – Pela Cura da Mãe Terra, da Vida e da Paz explicita seus postulados:

POSTULADOS SAGRADOS

§ Sellar y sanar los vórtices heridos de la Madre Tierra es urgente.

§ Identificar y activar los Centros Energéticos Indígenas de los Lugares Sagrados es nuestro deber.

§ Sembrar y fortalecer la conciencia de Amor y Respeto a nuestra Madre Tierra es trabajo de todos. (http://www.redindigena.net/conao Agosto, 2006)

A descrição da Unión de Pueblos Contra la Repressión y Militarización de la Región Loxicha sobre o lugar exalta seus aspectos naturais, além de defender a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente.

Según los cuentos de nuestro abuelos, al principio, en esta tierra todo era montañas vírgenes, había tigres, leones, venados, jabalíes, comadrejas, armadillos, iguanas, conejos, tlacuaches, chupamiel (mpshim), perro de agua (mquit), martha (mick), puerco espin (mbhes beel), chachalaca (nghax), guacamaya (mbhou) y otros animales más; en los ríos había camarón o chacal, cangrejo, rana, pescado, mojarra, trucha; la flora también era muy rica, en algunas partes tenemos todavía ocote, encino, caoba y cedro.

Pero si nadie se preocupará por impedir la indiscriminada caza de animales, la explotación y la tala de nuestros árboles, bosques y ocotes que nos quedan todavía, a este ritmo dentro de pocos años nuestra fauna y flora desapareceran, nuestros preciados manantiales también se secarán. Cada uno tenemos la obligación de conservar lo que la naturaleza nos proporcionó.

(http://www.loxicha.org Agosto, 2006)

                A questão da autonomia organizativa frente ao Estado mexicano, seus aparatos institucionais como o Instituto Nacional Indigenista, bem como a defesa da auto-representatividade do povo indígena, evocando por vezes o enfrentamento às práticas centralizadoras do governo federal é outro tema salientado pelas organizações. Um exemplo ilustrativo dessa relação conflituosa é a Unión de Pueblos Contra la Repressión y Militarización de la Región Loxicha ("Liberar Loxicha") que relata e denuncia todas as ações repressivas do exército e as políticas implementadas pelo governo mexicano contra os povos indígenas. (Ver figura 5)

"Los primeros operativos, a pesar de la detención masiva de autoridades y maestros, no lograron aplastar la resistencia del pueblo. Para asegurar respaldo a los caciques que ocuparon otra vez la cabecera y regresaron al poder en muchas comunidades, se crearon cuarteles, las BOM's (Bases de Operação Mixtas), en toda la región, preparándose a una guerra de exterminio. (...) El aislamiento fue y es necesario para el gobierno para impedir cualquier contacto con el mundo de fuera, las organizaciones, los periodistas, los medios de comunicación, con el objeto de actuar en la total impunidad y sin ningún control. (.) Así que el ejército pueda tener funciones de policía, la policía pueda actuar con homicidios descargando la culpa a los pistoleros, etc. Pues, hablar de estado de derecho, de división entre poderes, de garantías de los incriminados antes del proceso, en México y sobretodo en Loxicha es broma. (...) Además no es novedad que las fuerza armadas estadunidienses con la excusa de la guerra al narcotráfico ya penetraron en el país, militares mexicanos y cuerpos de élite entrenados en "La Escuela de Las Américas" también llamada "La Escuela de los Asesinos".(http://www.loxicha.org Agosto, 2006.)

Um discurso dissonante é encontrado no site da CONAO. Mantendo laços estreitos com o governo federal em termos de financiamento, o Consejo de la Nacionalidad Otomí afirma em seu site a luta pela autodeterminação atrelada à auto-identificação enquanto mexicanos e formadores da nação.

Avanzar para recuperar nuestro derecho irrenunciable a la libre determinación y autonomía interna, a fin de que seamos los otomíes, los pueblos indígenas quienes decidamos nuestro propio camino y destino histórico. Ello nos permitirá decidir nuestra vida política, administrativa, territorial, educativa, social y cultural; dentro de un nuevo marco constitucional tanto local como nacional, de una vedadera relación igualitaria como mexicanos y habitantes del Estado de México. (http://www.redindigena.net/conao Agosto, 2006)

Uma quantidade expressiva de sites de cooperativas agrícolas indígenas encontrados, bem como o discurso presente, podem expressar elementos fundamentais sobre os valores e símbolos que envolvem o "ser indígena" no México. A livre associação com a categoria campesino pode ser atribuída à ligação histórica estabelecida entre povos indígenas e a questão da reforma agrária, principalmente com as rebeliões dos finais do século XIX e começo do XX, o que direcionou uma concepção do indígena atrelada à questão das lutas campesinas pela distribuição de terras. O que significa dizer que no México, o estereótipo dos povos indígenas não exclui sua condição de trabalhadores e produtores rurais.

Um outro fator que pode ter influência sobre a numerosa quantidade de cooperativas agrícolas especificamente na Internet, também recaindo sobre a imagem campesina do "indígena", é a demanda de ONG´s financiadoras de comunidades que produzam alimentos orgânicos ou mais de acordo com as novas normas "ecologicamente corretas", em voga principalmente após a década de 70 com a internacionalização e diversificação do campo político e ideológico do ambientalismo.

Nesses sites, o tipo de linguagem se diferencia, outros temas são abordados ou enfatizados. Aqui não se trata mais de identificar minuciosamente tradições e costumes dos grupos ou etnias indígenas representados pela organização; ao contrário, são identificados o território que suas ações abrangem, o contingente populacional ou quantas comunidades fazem parte da organização, apenas citando as etnias.

Estamos ubicados en el sur del estado de San Luis Potosí, en la región de la Huasteca, colindante con los estados de Querétaro, Hidalgo, Veracruz y Tamaulipas. La región abarca una superficie de 10,238 Km2 y tiene una población de 582,695 habitantes, equivalente al 17% del total estatal. El clima es tropical lluvioso y la altura sobre el nivel del mar varía de 500 a 1,200 MSM.

(...) Una de las principales características de la Huasteca, es que en ésta viven el pueblo teenek y el pueblo náhuatl, con un total de 276,662 habitantes distribuidos en 1,857 comunidades, representando el 47% del total de habitantes de la región. (http://www.redindigena.net/cocihp Agosto, 2006)

Também ressaltam concepções e propostas para o desenvolvimento agrícola nacional, ou alternativas ao modelo de desenvolvimento rural vigente, demonstrando através de imagens dos alimentos produzidos pelas comunidades que compõem a organização ou camponeses trabalhando, caso do site do Kabi´tah. (Ver figura 6)

Entre os objetivos da Coordinadora de Organizaciónes Campesinas e Indígenas de la Huasteca Potosina (COCIHP) estão a promoção da diversificação de cultivos em zonas cafetaleras, naranjeras y piloncilleras de acordo com seu ecossistema protegendo seu equilíbrio ecológico; impulsionar programas, projetos de reflorestamento, cuidado e proteção do meio ambiente e o uso adequado dos recursos naturais e a apoiar a modernização dos processos industriais para a incorporação de maior valor agregado à matéria-prima e a utilização de subprodutos.

El objetivo es lograr un desarrollo responsable y sostenible dentro y fuera del avicultura. Así mismo, el dinero extra obtenido con la comercialización directa de la miel, ha permitido elevar el estándar de vida, mejorando los niveles de alimentación, salud, educación y cultura. Actualmente se esta trabajando en el suministro de agua potable. (http://www.redindigena.net/cocihp Agosto, 2006)

5.      Considerações finais

Segundo nossa fonte etnográfica, que deve ser encarada como um discurso de tipo específico, as organizações demonstram articular discursos provenientes de diversas esferas para além de uma linguagem de defesa e demarcação étnico-políticas (como entre o sindicalismo rural e o movimento ambientalista, por exemplo). Portanto, os temas e referentes abordados pelas organizações por meio dos sites, podem estar relacionados ao novo tipo de interação criada pela internacionalização da Internet. Convém destacar, no entanto, a correspondência existente entre o conteúdo dos sites e algumas condições e políticas privilegiadas por ONG´s e governos internacionais. Contemplar ou negociar práticas pré-elaboradas pelas instituições interessadas e financiadoras na inserção digital "indígena" pode, como vimos, influir sobre ações e mobilizações das organizações que têm acesso a Internet.

O que não significa admitir ações e discursos étnicos meramente cínicos ou calculados racionalmente com objetivos bem definidos. Dessa forma, pretende-se fugir a uma explicação que oponha "organizações", "sociedade civil", conforme sua denominação "lugar-comum", as ONG´s, e o Estado. Ao contrário, há que se esforçar para não separar essas categorias para tentar explicá-las, mas considerá-las todas como parte de um mesmo processo de interlocução. Tentarei elaborar melhor.

A partir da necessidade de adequação de um discurso que se dirige a um auditório global, portanto amorfo e geral, certas categorias podem ser reformuladas no âmbito identitário, ou seja, as "etnicidades" não passam completamente isentas durante a utilização da Internet pelas organizações indígenas. Sugiro, dessa forma, que a manifestação de uma identidade étnica como sentimento de pertencimento de um determinado grupo pode ser formada nos interstícios de uma interação inclusiva e excludente que envolve todos os grupos afetados por essa demarcação territorial e simbólica, por meio de escolhas e ênfases de sinais diacríticos que orientam ações, e não apenas resultado de uma permanência de traços culturais ao longo do tempo.

Ao tratar os sites como fontes etnográficas, apontamos por meio de um objeto concreto para o caráter dinâmico do processo de construção de identidades étnicas, ao mesmo tempo despojando-o de uma concepção essencialista, que considera a manutenção de fronteiras étnicas como inerente a certas "culturas", afirmando a unidade destas.

Nesse sentido, o México se configura em cenário privilegiado no estudo de relações entre Estado e populações e organizações indígenas, ou da construção de referenciais políticos de uma etnicidade específica a partir dessa relação. Aqui, as representações que envolvem "ser indígena" devem ser repensadas como forma de compreender as mobilizações coletivas que tomam uma representatividade étnica e camponesa como eixo, onde predomina uma intensa demarcação de fronteiras étnicas, resultado da relação histórica de embates e conflitos entre indígenas e Estado e seus agentes.

Parte da literatura sobre o movimento indígena, assim como referentes a outros movimentos sociais, carrega algumas premissas que fazem perder de vista das análises um objetivo por vezes mais promissor nas ciências sociais. Nesse sentido, mobilizações coletivas contemporâneas, além de serem atribuídas a novas configurações do mundo, são consideradas resultados de grandes opressões, geralmente referentes a categorias igualmente macro, como "o indígena", "o trabalhador", "o sem-terra", "o sem teto" etc. Pretende-se por meio dessa abordagem problematizar duas concepções frequentemente tidas como dadas na literatura referente ao movimento indígena no México. Lamentada a falta de êxito de Barth em destituir, de uma vez por todas, da análise sobre "o indígena" suas faces colonialistas, de modo que ainda que o autor tenha tentado deslocar o eixo de atenção da antropologia para a continuidade de fronteiras étnicas, a categoria ainda perdura na teoria antropológica como uma "coisa" em si, que existe para além da denominação ou de suas funções atributivas.

Por exemplo, o conceito "etnogênese" (Bartolomé, 2006), engendra uma forma genérica termo "indígena", como um dado, por meio do rótulo "étnico". De fato, apesar de admitir se tratar de "parte constitutiva do próprio processo histórico da humanidade e não só um dado do presente", as etnogêneses e o étnico apenas tem se referido a populações indígenas. Parece que, a antropologia para se justificar como conhecimento útil, inimiga do etnocentrismo, tenha que interferir com sua tutela teórica. No entanto, a denominação torna-se um problema pragmático quando, sempre que se reporte às comunidades e organizações que assim se denominam, lhes confira uma qualidade inerente de sujeito passivo das situações, conjunturas e ações da "sociedade ocidental". Em virtude de tal elemento, comportamentos que não fazem parte de um quadro homogêneo do "indígena" é explicado em termos de processos de aculturação, cooptações e manipulações por parte do Estado.

A luta por reconhecimento, um dos elementos constitutivos do processo que Bartolomé (2006) denomina "etnogênese", envolve não apenas a persecução a determinados fins, como defendido pelo instrumentalismo, mas emoções e afetividade intrínseca à relação com um grupo que alimenta expectativas objetivas e subjetivas de um sujeito.

"Parece tratar-se mais de processos de natureza etnopolítica, ou seja, mobilizações seculares orientadas pela confrontação com o exterior, mas alimentadas por sua lógica interior. Sugiro, então, procurarmos entender as etnogêneses contemporâneas não só em termos da articulação dos grupos étnicos com o Estado nacional, mas também em relação com as dinâmicas internas das sociedades nativas (...)".

Tal opção teórica significa compreendê-lo como sujeito ativo no interior de um processo de construção de referências sobre seu grupo, do qual é parte, ao invés de um "novo sujeito coletivo" resultado indireto e não planejado de políticas públicas específicas, atualização de antigas filiações étnicas às quais seus portadores tinham sido induzidos ou obrigados a renunciar ou de reformulações no âmbito de ideologias nacionalistas estatais." Este ensaio, portanto, procurou abrir margens ao entendimento da participação política indígena não por meio da "cultura dos índios da mesoamérica", mas em suas relações com grupos e campos que são parte do "fazer política" no México, por meio de um recurso tecnológico de comunicação contemporâneo.

 

Anexos I – Figuras

 

Monografias.com

Figura 1: Mulheres P´urehpecha lendo o jornal Xiranhua, que tem edição impressa e virtual.

 

Monografias.com

Figura 2: Jornalista P´urehpecha em seu ofício, edição do jornal Xiranhua.

Monografias.com

Figura 3: Indígenas durante Primer Taller Indígena de Tecnologías de Información y Comunicación.

Monografias.com

Figura 4: Cerimônia Otomí

Monografias.com

Figura 5: Manifestação em praça pública organizada pela UPCRMRL.

 

Monografias.com

Figura 6: Indígena da organização Kabit´ah extraindo mel.

 

Anexos II – Organizações Indígenas do México encontradas na Internet

 

1) Organizações que enfatizam a reafirmação dos direitos humanos e/ou indígenas a partir da promoção educacional/culturalmente, da luta territorial e etnicamente.

 

a)      Asamblea de Migrantes Indígenas de la Ciudad de México

b)      Asociación de Oaxaqueños de Baja California Sur

c)      Consejo de la Nacionalidad Otomí

d)      Consejo de Pueblos Nahuas del Alto Balsas

e)      EZLN

f)        Unión de Comunidades Indígenas de la Zona Norte del Istmo (UCIZONI)

g)      Centro de Promoção Cultural e Agropecuária Xoxoltecáyotl

h)      Comisión Takachiualis

i)        Comité de Defensa Ciudadana y Asistencia a Comunidades Rurales

j)        Coox Baxa Ha, SSS.

k)      Frente Independente de Pueblos Indios

l)        Comité para la Defensa de la Cultura Mayo de Huites, A.C.

m)    Miauaxochitl, A.C.

n)      Organización Independente Campesina de la Sierra Norte de Puebla

o)      Organización Nación P"urhépecha

p)      Red de Defensores Comunitários por los Derechos Humanos

q)      Tlachinollan, A.C. Centro de Derechos Humanos de la Montaña

r)       Consejo Indígena Popular de Oaxaca Ricardo Flores Magón (CIPO-RFM)

s)       Unión de Pueblos Contra la Repressión e Militarización de la Región Loxicha

 

2) Organizações que enfatizam a cooperação produtiva (agrícola, artesã etc)

 

a)      Asociación Rural de Interes Colectivo. ARIC, Independente e Democrática

b)      Campesinos Unidos de Chenes de Kabi"tah

c)      Consultoria e Asesoría para el Desarrollo de los Pueblos Indios (CADEPI)

d)      Frente Popular Obrero Campesino/ Convergencia Indígena Popular

e)      Coordinadora de Organizações Campesinas e Indígenas de la Huasteca Potosina

f)        Coordinadora Nacional de Organizaciónes Cafetaleras

g)      Indígenas de la Sierra Madre Motozintla (ISMAM)

h)      Sociedad Cooperativa Cholonb"ala

i)        Sociedade Cooperativa de Producción Tzeltal-Tzotzil

j)        Cooperativa Tosepan Titantaniske

k)      Umbral Axochiatl

l)        Unión de Ejidos y Comunidades Cuicatecas

m)    Yeni Navan

 

3) Organizações ligadas à comunicação indígena

 

a)      Periodismo Indígena P"urhépecha

b)      Red Índia Oaxaca

c)      Ojo de Água Comunicación

d)      Centro de Medios Independentes

e)      e-México

 

4) Organizações ocupacionais, etárias e de mulheres

 

a)      K"inal Antzetik Tierra de Mujeres

b)      Maseualsiuamej Mosenyolchicauanji (Mujeres Indígenas que Trabajan Unidas)

c)      Organización de Médicos Indígenas del Estado de Chiapas (OMIECH)

d)      Organización de Salud Comunitária de Indígenas Mayas del Estado de Chiapas (OSIMECH)

e)      Red Juvenil de San Antônio Siho

f)        Taller Universitário de Derechos Humanos Oaxaca (THUDO)

g)      Escritores en Lenguas Indígenas

 

NOTAS

[1] Fonte: Ojo de Àgua Comunicación. http://www.laneta.apc.org/ojodeagua

[2] Termo utilizado pela APC, descrevendo sua atividade. Ainda segundo o site da La Neta, a "APC tiene el objetivo de ayudar y fortalecer a organizaciones, movimientos sociales e individuos, en el uso de las tecnologías de la comunicación y de la información, para construir comunidades e iniciativas estratégicas con la finalidad de que éstas puedan hacer contribuciones significativas al desarrollo equitativo de la humanidad, la justicia social y la sustentabilidad del medio ambiental." http://www.laneta.apc.org/laneta/ Agosto, 2006

[3] Se encaixam nesse perfil a Tecschange (Techonology for a Social Change, agência norte-americana), a Mistica (Metodologia e Impacto Social das Tecnologias de Informação e Comunicação na América, projeto da FUNREDES, agência da República Dominicana), o Colectivo de Información Internacional, e a própria La Neta junto à APC.

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Site da Red de Información Indígena: www.laneta.apc.org/rci

Publicado originalmente na Revista Habitus – UFRJ http://www.habitus.ifcs.ufrj.br/

 

Autor:

Aline Moreira Magalhães

magalhaes_aline[arroba]hotmail.com

Graduanda do 10º período da licenciatura em Ciências Sociais da Universidade Federal Fluminense (UFF).



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