Reflexões metodológicas como subsídio para estudos ambientais Baseados em Análise de Multicritérios



  1. Abstract
  2. Introdução
  3. Composição de base de dados iniciais
  4. O procedimento de Análise de Multicritérios
  5. Conclusões
  6. Referências

Abstract.

This article represents a reflection as an aid for the environmental studies that use the multi criteria analyses as a methodological procedure. The article discusses the state of the art of the geoprocessing for environmental analyses, describing the process of data treatment so that it can compose layers of information making the characterization and the analyses of environmental issues possible. It focuses on how to deal with information in matricial files to combine variables. This study presents the analyses of the assembling and construction phases in SIG. It talks about the multi criteria analyses procedure focusing on the role of Delphi method as a way to maximize the consensus in order to define the criteria for spatial characterization and the construction of predicted scenarios regarding some kind of spatial phenomenon. It approaches the application procedures of the environmental analyses models.

Palavraschave: environmental analyses, multi criteria analyses, Delphi method, methodological procedure, análise ambiental, análise de multicritérios, método Delphi, procedimento metodológico.

1. Introdução

A abordagem objetiva apresentar um roteiro metodológico para apoio às revisões bibliográficas sobre o procedimento de análise de multicritérios, destinado à construção de análises espaciais de caracterização e gerenciamento ambiental e urbano. O presente documento foi construído de modo a abordar: o estado da arte nas análises espaciais assistidas por geoprocessamento, a montagem de Sistemas de Informações Geográficos para a estruturação de dados georreferenciados, a metodologia de análise espacial baseada em Análise de Multicritérios, os requisitos para a implementação da metodologia.

Segundo Moura (2003, p. 8) o termo Geoprocessamento, surgido do sentido de processamento de dados georreferenciados, significa implantar um processo que traga um progresso, um andar avante, na grafia ou representação da Terra. Não é somente representar, mas é associar a esse ato um novo olhar sobre o espaço, um ganho de conhecimento, que é a informação. O geoprocessamento engloba processamento digital de imagens, cartografia digital e os sistemas de informações geográficos.

Entre as etapas componentes do Geoprocessamento destacase a aplicação de modelos de análise espacial destinados à caracterização de ocorrências espaciais, com o apoio dos Sistemas de Informações Geográficos.

Em lugar de simplesmente descrever elementos ou fatos, os modelos de análise espacial em SIGs podem traçar cenários, simulações de fenômenos, com base em tendências observadas ou julgamentos de condições estabelecidas. O uso de um SIG está relacionado à seleção de variáveis de análise e o estudo de suas combinações. São tentativas de representação simplificada da realidade, através da seleção dos aspectos mais relevantes, na busca de respostas sobre correlações e comportamentos de variáveis ambientais. O sistema é estudado segundo determinado objetivo, e tudo o que não afeta esse objetivo é eliminado. O risco da subjetividade pode ser reduzido com processos de ajuste ou calibração, quando são avaliados os parâmetros envolvidos. Uma vez calibrado, o modelo deve passar por processo de verificação, através de sua aplicação a uma situação conhecida, o que é chamado de "validação". Só após a validação é que um modelo deve ser aplicado em situações em que não são conhecidas as saídas do sistema.

O procedimento de análise de multicritérios é muito utilizado em geoprocessamento, pois se baseia justamente na lógica básica da construção de um SIG: seleção das principais variáveis que caracterizam um fenômeno, já realizando um recorte metodológico de simplificação da complexidade espacial; representação da realidade segundo diferentes variáveis, organizadas em camadas de informação; discretização dos planos de análise em resoluções espaciais adequadas tanto para as fontes dos dados como para os objetivos a serem alcançados; promoção da combinação das camadas de variáveis, integradas na forma de um sistema, que traduza a complexidade da realidade; finalmente, possibilidade de validação e calibração do sistema, mediante identificação e correção das relações construídas entre as variáveis mapeadas.

2. Composição de base de dados iniciais

A elaboração da base de dados cartográficos, composta na forma de planos de informação e que deverão ser conjugados nas aplicações de modelos de análise espacial, pode ser realizada em formato vetorial ou matricial, mas há fortes tendências para o predomínio das operações dos modelos em formatos matriciais (raster). A questão se justifica pela relação de topologia implícita ao processo matricial, o que não só otimiza o cruzamento de dados, como também é condição sine qua non em alguns modelos.


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