A afetividade na educação especial

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INTRODUÇÃO

O estudo da afetividade e sua pertinência nas relações pedagógicas são ainda um campo que requer investimento em pesquisas, particularmente em Educação Especial e Educação Inclusiva. Correntes evolutivas em Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educação, surgidas na primeira metade do século XX, vêm considerando a relevância do aspecto afetivo no desenvolvimento humano.
Para discutir a temática afetividade na Educação Especial, temos que entender que todos os indivíduos, como crianças e adultos portadores de qualquer deficiência têm o direito a Educação e a reabilitação no decorrer de suas vidas.
Algumas dificuldades são apontadas como determinantes à obstrução do movimento integrativo, a saber: a falta de qualificação
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1.1 BREVE HISTÓRICO DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Desde as escrituras sagradas podemos observar a discriminação à pessoa com algum tipo de deficiência, basta observarmos nos vinte e dois milagres feitos por Jesus, oito estavam surdos, mudos e gagos, os outros referem-se a paralisias e possessões. (BIANCHETTI, 1992) a seguir alguns trechos bíblicos citados pelo autor que comprovam a deficiência ligada ao pecado:

Mestre, quem pecou, este ou seus pais para que nascesse cego?(JO 9, 2) A segregação e ao mesmo tempo o fatalismo com que era visto os cegos e as deficiências fica clara na narração de Mateus, 20, 29-30 a respeito de dois cegos de Jericó: Dois cegos assentados juntos do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram: Senhor tem misericórdia de nós. E a multidão os repreendia para que os calassem. A cura do paralítico de Cafarnaum é exemplar: E eis que lhe trouxera um paralítico deitado numa cama. E Jesus vendo a fé deles, disse ao paralítico: filho tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. (Mateus 9, 2). E esta passagem de Lucas 11,14 mostra como o mudo e o demônio são confundidos: “e estava ele expulsando um demônio, o qual era mudo. E aconteceu que

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