A mídia nos dias atuais
Praticamente desde a invenção da televisão, pais, professores, legisladores e profissionais de saúde mental se preocupam com o conteúdo dos programas de TV e seu impacto, especialmente nas crianças. Albert Bandura, pesquisador que trabalha com aprendizado social e a tendência das crianças a imitarem o que veem, deu especial atenção ao assunto de como a violência é retratada nessa mídia.
Como resultado de 15 anos de pesquisas sobre o impacto de programas violentos sobre as crianças, foi criado, em 1969, um comitê científico para analisar assuntos relacionando à televisão e comportamento social (o Surgeon General’s Scientific Advisory Committee on Television and Social Behavior). A …exibir mais conteúdo…
Dessa forma, a socialização televisiva da violência pode fazer que essas crianças fiquem imunes à brutalidade e à agressividade, enquanto outras podem ter mais sentimentos de medo relacionando o perigo à vivência social.
Com as pesquisas claramente apontando que programas televisivos violentos podem levar a comportamentos agressivos, a Associação Americana de Psicologia (APA) distribuiu, em 1985, uma série de diretrizes informando às produtoras de TV e ao público em geral sobre o potencial perigo da exposição de crianças à violência na televisão.
Em 1992, um Comitê sobre Televisão e Sociedade da APA publicou um relatório que confirmava a relação entre violência televisiva e agressividade.
Aplicação prática
Em 1990, o Congresso americano aprovou uma lei que regulava a veiculação de programas televisivos violentos (o chamado CTA). Como resultado desse CTA (modificado em 1996) foi sugerido às redes de televisão que ao menos três horas de sua programação tivessem um viés educacional e informacional, focando as necessidades intelectuais e cognitivas (incluindo emocionais e sociais) de crianças menores de 16 anos. Esses programas ganhariam indicação clara e objetiva sobre seus objetivos educacionais.
Tais programas educacionais, geralmente, contêm mensagens diretas e indiretas sobre temas relativos à cooperação e à compaixão em vez de