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Seção de Obras Raras do IHGP, “Confederação do Equador a Província da Parahyba” – Da Colleção Presidentes da Parahyba – Correspondência com o Ministério do Império. Officinas Ghaphicas do Archivo Nacional. v. 4. 10 de março de 1823.

ARTIGOS

DIÁLOGOS COM MICHEL DE CERTEAU SOBRE PESQUISA NAS CIÊNCIAS HUMANAS Francisco das Chagas de Loiola Sousa105

RESUMO A proposta deste artigo é estabelecer um diálogo com Michel de Certeau sobre o trabalho do pesquisador no campo da História e das Ciências Humanas, em geral. Para tal intento, a sua obra, A escrita da História, é referência para esta reflexão. Os procedimentos teóricos e metodológicos das investigações nas Ciências Humanas, especialmente na área da História, são aqui analisados. A
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É a lei de um grupo que estabelece a lei de uma pesquisa científica. Em certa medida, esta lei define o que é permitido e o que é proibido no espaço acadêmico. As ideias produzidas nos grupos de pesquisa, desse modo, controlam os saberes que circulam na sociedade, o que implica também em “formatar” ideologicamente esta mesma sociedade. Para uma reflexão mais detida sobre essas questões, tomaremos como referência para o diálogo com Certeau A escrita da História, principalmente o segundo capítulo porque nele o autor condensa reflexões teóricas e metodológicas importantes não só para o campo da historiografia, mas para a área das Ciências Humanas. Desde já, alertamos aos leitores que outros temas, igualmente importantes para o historiador/pesquisador, presentes nesta obra de Certeau, não serão tratados aqui pelos próprios limites deste artigo. Além disso, consideramos que a riqueza da reflexão do referido capítulo é suficientemente relevante para se fazer merecedora de uma discussão-reflexão à parte, o que justifica a presente produção.

1. A formação de grupos, o pesquisador e a pesquisa

A produção do conhecimento científico é compreendida aqui como a produção do e no espaço-tempo das instituições, que agregam, por sua vez, os grupos de pesquisa das mais diferentes vertentes de pensamento. Os pesquisadores, iniciantes ou experientes, se agrupam de acordo com as afinidades teóricas e metodológicas. Assim, para pertencer a um determinado grupo de

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