Entre flores e canhões

8447 palavras 34 páginas
Entre flores e canhões na Grande Guerra (1914-1918): o final da Belle Époque e o começo do “breve século xx” em um álbum de retratos fotográficos
Between flowers and cannons in the Great World War (1914-1918): the end of Belle Époque and the beginning of the “Brief 20th Century” in an album of portraits Marco Antonio Stancik *

Resumo
O trabalho analisa oito retratos fotográficos pertencentes a um álbum de família alemão, sete dos quais datados dos tempos da Primeira Guerra Mundial (19141918). As fotografias são abordadas como documentos e monumentos, de forma a evidenciar mudanças operadas na percepção do conflito, a partir de uma narrativa construída sob sua inspiração. Palavras-chave: fotografia; Primeira Guerra Mundial; fontes
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Geralmente identificando-o e, menos
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Revista Brasileira de História, vol. 29, nº 58

Entre flores e canhões na Grande Guerra (1914-1918)...

frequentemente, trazendo alguma indicação sobre data, local e grau de parentesco. No total, são 145 fotografias, algumas muito danificadas e/ou recortadas de forma irregular, afixadas com cantoneiras e, em muitos casos, com cola em seu verso, situação que, enquanto persistir, impossibilita o acesso a algumas anotações ali existentes. Entre elas, 38 trazem retratados em trajes militares dos tempos da Primeira Guerra Mundial, inclusive quatro cartões postais.4 Há ainda duas fotografias produzidas durante a Segunda Guerra Mundial (19391945) ou às suas vésperas. Até o momento, foi possível identificar a autoria de apenas 14 fotografias,5 e as selecionadas para o presente estudo não trazem indicações a respeito. Desconhecer seus autores é, sem dúvida, um fator limitador do trabalho, ao se ter em conta a advertência de Sontag, segundo a qual “na medida em que a fotografia é (ou deveria ser) sobre o mundo, o fotógrafo conta pouco, mas na medida em que é o instrumento de uma subjetividade questionadora e intrépida, o fotógrafo é tudo”. Afinal, a câmara não é, como pensavam os primeiros fotógrafos, uma máquina copiadora, pois não é ela que vê, que dá o foco (Sontag, 2004, p.104, 138). O fotógrafo “compõe a fotografia com a realidade e desta se apropria, a fim de melhor mostrar

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