Fichamento do Texto “Espionagem, polícia política, censura e propaganda: os pilares básicos da repressão”.

4133 palavras 17 páginas
Daniel Nosé Turma 7h-9h (seg-qua)
Fichamento do Texto “Espionagem, polícia política, censura e propaganda: os pilares básicos da repressão”.
Introdução
Existem diversas formas de contar a história da ditadura militar, mas cada vez mais estamos podendo ter acesso a informações “secretas” que acabam nos mostrando varias interpretações dos fatos.
Mas o interesse por esse período não é novidade. Estudos contemporâneos aos fatos foram feitos sobre o caso. Os mais famosos, por dois jornalistas revoltados com a tortura: Carlos Heitor Cony, escreveu um livro cuja noite de autógrafos se transformou numa manifestação contrária ao governo 64; Márcio Moreira Alves, reuniu suas reportagens sobre tortura numa campanha que obrigou Castelo Branco
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Todas essas informações nos permitem fazer analises com maior rigor factual. Neste ensaio tento mostrar a trajetória do ponto de vista de militares da linha dura. Tenentes, coronéis, tenentes-coronéis, capitães que, com um discurso anticorrupção e anticomunismo, reclamavam meios e modos para a punição. E como, com a obtenção de tais instrumentos (Ex: Ai-2 e Ai-5), transformou-se em “comunidade” ou “sistema” de segurança. A “comunidade” se amparava nos pilares básicos da ditadura: censura, polícia política, espionagem. A propaganda política (que dava suporte ideológico).
ESPIONAGEM
Golbery do Couto e Silva era um general que criou o Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão que criou 3 meses após o golpe, assumindo sua chefia, mas já se preocupava com o recolhimento de informações desde a fase de conspirações anterior ao golpe. Contou com consultoria americana para montar o SNI. Uma frase de Golbery, sobre o SNI, viria a ficar conhecida : “criei um monstro”. Que, na verdade, iria surgir apenas no inicio da linha-dura, no governo Costa e Silva. Até a posse de Costa e Silva, o SNI se estruturava e servia apenas para dar informações a seu cliente, o presidente Castelo. Castelo não o queria como sucessor, mas teve que se curvar. Costa e Silva teve papel preponderante no Ai-2. No cargo de presidente, nomeou Jayme Portella De Mello para ministro-chefe da casa Militar, intolerante e acusado de ser o verdadeiro dirigente do país. A partir de 68 foram ampliadas as

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