História das Mulheres

3164 palavras 13 páginas
História das Mulheres: As Vozes do Silêncio

No texto a autora Mary Del Priore analisa a historiografia da mulher produzida na América Latina, Estados Unidos e Brasil, a partir de uma visão crítica. No primeiro momento ela descreve a história da mulher no contexto filosófico apresentando a primeira diferença de sexos que significava a dualidade e a alteridade entre homem e mulher expressando uma reflexão sobre a especificidade do objeto no campo da história tradicional paralela as codificações da sociedade masculina. No Brasil apesar das primeiras historiografias estarem restritas ao campo acadêmico contribui para a ampliação do objeto de estudo tendo como fator importante para essa ampliação a retomada da memória feminina através
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Anteriormente a distinção entre os sexos emanava da cosmologia e da ontologia, ou seja, explica a separação do individuo entre a razão e a paixão entre o passivo e o ativo explicado pelo fator binário essa tradição durou até o renascimento, no qual, os humanistas nesse período passaram a desqualificar a razão feminina, deixando explicito que sua razão não era lógica caracterizada não mais pelo jogo da binaridade, mas pelo registro do limite. As mulheres, ao contrário, dos homens modernos não tinham controle, era fraca, frágil, sem parâmetros, o que a faziam depender obrigatoriamente da razão masculina. No entanto, eram obrigadas a aprender certas peculiaridades como o aprendizado das virtudes e das regras de conduta. Por não terem razão as mulheres seriam dotadas de paixões desenfreadas, sem limites. Segundo Fénelon e Rousseau as mulheres deveriam ter uma educação moral, no qual afastaria as mulheres do acesso ao saber e do exercício de sua razão. Essa educação moral colocaria limites á vontade, desenfreada, do ser insatisfeito que era a mulher. Home e Rousseau partilhavam do mesmo pensamento em afirmar que assim como na natureza, era preciso adestra e dominar as mulheres.
Esses temas foram passados do século XVIII ao XIX, mostrando como os homens passaram a pensar a diferença dos sexos, que nesse momento não era mais a partir do mundo, mas a partir de si mesmo, a desigualdade

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