O Império Luso-Brasileiro no século XVIII

10148 palavras 41 páginas
O império luso-brasileiro e a questão da dependência inglesa – um estudo de caso: a política mercantilista durante a Época Pombalina, e a sombra do Tratado de Methuen

Francisco José Calazans Falcon
Professor Titular (aposentado) da Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave mercantilismo, pombalismo, protecionismo, tratados comerciais anglo-lusitanos, companhias de comércio.
Classificação JEL N43, N46.

Key words mercantilism, Pombal era, protectionism, Anglo-Portuguese trade treaties, trade companies.
JEL Classification N43,
N46.

Resumo
O autor analisa no presente artigo as relações entre Portugal e Inglaterra no século XVIII, com ênfase no período correspondente ao reinado de D. José I, durante o qual
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Na verdade, o Tratado de Methuen foi objeto de críticas e debates desde o dia seguinte à sua assinatura, tanto na
Inglaterra quanto em Portugal. Tais polêmicas intensificaram-se durante o século
XIX e entraram pelo século XX, cabendo então ao historiador João Lucio de
Azevedo, ao escrever, nos anos 20 do século passado, seu conhecido livro Épocas de Portugal Econômico, dar ao VII e último capítulo da referida obra o título bastante significativo de “No signo de Methuen”.
João Lucio, tal como outros autores antes ou depois, associou as cláusulas comerciais de Methuen – seus prós e contras – à nova conjuntura resultante da chegada do ouro brasileiro:
O oiro das minas, que através da Inglaterra se espalhava pela Europa, preenchia a diferença (o déficit comercial) (Azevedo,
1947, p. 405).

Esse tipo de associação – entre as cláusulas de Methuen e o afluxo aurífero das minas do Brasil – estava destinado a uma longa existência, conforme aí se punha em relevo uma série de conseqüências econômicas decisivas atribuídas àquele afluxo: sua importância para a

Francisco José Calazans Falcon

expansão da economia britânica – inclusive, como querem muitos, para a realização da Revolução Industrial; seu papel decisivo para o equilíbrio das finanças régias e da balança comercial anglo-lusitana e, finalmente, seu impacto sobre o desenvolvimento da própria colônia (Furtado,
1961, p. 46-47 e 97-101).
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