Os Lusíadas: Soberania Portuguesa em a Batalha do Salado

6026 palavras 25 páginas
OS LUSÍADAS: A SOBERANIA PORTUGUESA NA BATALHA DO SALADO ¹
Alaís Contiero dos Santos
Fabiane David Luz

RESUMO: A Batalha do Salado (1340) ocorreu em solo castelhano e representou uma disputa entre cristãos e mulçumanos pela ocupação territorial. Entre os vitoriosos (os cristãos) encontra-se a figura do povo português, representado aqui por seu rei, Afonso IV. Compreendendo a presença do exército português como essencial para a vitória, admite-se assim, o motivo de Luis de Camões cantá-lo em sua epopeia. Diante disso, este esboço objetiva refletir como o poeta amplifica e atesta a soberania portuguesa nesta batalha, apresentada em Os Lusíadas no Canto III, estrofes 107 a 117.

Palavras-chave: Batalha do Salado; soberania
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Todo esse esforço se produzia para um objetivo, o engrandecimento do Império, juntava-se a expansão da fé. Mas a poesia não cabe nos limites do real, qualquer que seja sua profundidade, o sonho do poeta, transcendia-o segundo a medida a que pudesse erguesse a intuição que dela abrangesse a projeção no espaço e o significado na História. Daí em Os Lusíadas, a criação dos mitos em que sonhos poéticos transfiguraram a realidade e da beleza que a esta universalizaria. Outro aspecto observado é a riqueza lexical, meio pelo qual o poeta conseguiu introduzir na língua uma sugestividade que a música verbal dá à expressão poética.

A BATALHA DO SALADO: CONTEXTUALIZAÇÃO

A Batalha do Salado representa o conflito de duas visões teológicas – cristianismo e islamismo, assim como, uma disputa pela ocupação do espaço castelhano. Mesmo sendo datada em 1340, a batalha remonta a disputa existente e já disputada entre cristãos e mulçumanos acontecida na Península Ibérica há pelos menos dois séculos, desta forma, a batalha do Salado resulta na “[...] unificação da nação portuguesa num corpo geográfico talhado à custa da Reconquista.” (COSTA, 2001-2002 p.?). Do lado mulçumano temos Muhamad IV, de Granada que recorre à ajuda do sultão Abu Hasan-Ali, do Marrocos. O exército mulçumano, segundo Costa (2001-2), apresentava

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