Resenha: aristocratas versus burgueses? a revolução francesa.

1885 palavras 8 páginas
Resenha: Aristocratas Versus Burgueses?[1] A Revolução Francesa.

O livro “Aristocratas versus Burgueses? A Revolução Francesa” da Editora Ática, Série Princípios, escrita por T.C.W. Blanning trata da Revolução Francesa com outros olhos, uma vez que se baseia em pesquisadores que fazem uma releitura da Revolução, elencando princípios básicos considerados pela historiografia marxista. No decorrer de suas páginas o livro desconstrói elementos que se tinham como fechados, colocando-os numa situação de questionamento, lhes dando o critério da dúvida. Os principais critérios avaliados e discutidos giram em torno, principalmente, da questão atribuída pelos marxistas de que a Revolução Francesa tenha se baseado na luta de
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A segunda, originando-se da má colheita de 1788 e na recessão que tinha se iniciado em 1770. A fusão dessas duas crises fez com que a massa de descontentes se tornasse crítica e convertesse a crise numa revolução, logo o que se seguiu foi uma luta política pelo poder, e não uma luta de classes. A nova França adequar-se-ia as necessidades da burguesia, mas também se ajustaria aos nobres empreendedores. Do meu ponto de vista essas duas crises foram fundamentais, pois ambas agravaram a situação precária em que o povo vivia. O governo gastando na guerra norte-americana, enquanto seu povo necessitava de alimento. A crise da colheita só vez os ânimos se acerarem, enquanto o povo passava fome à aristocracia vivia abastecida de conforto e fartura. No segundo capítulo, o autor traça um perfil para a França pré-revolucionaria. Economicamente possuía dois setores: as costas marítimas prósperas e em expansão e a grande massa do interior retrógrada, tradicionalista e subdividida em mercados locais. Não possuía nenhum banco oficial; o setor manufatureiro era atrasado; havia um atraso na agricultura; os nobres dominavam o governo, a administração, a Igreja e as mais importantes instituições sociais; os burgueses eram um termo convencional para designar aqueles plebeus que não eram nem camponeses nem operários, mas não constituíam uma classe. Ainda no mesmo capítulo, o autor discute a questão do iluminismo como sendo um pensamento burguês, que

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