Trabalho escravo no brasil

1550 palavras 7 páginas
Cap. VI
Salário mínimo e Produto Interno Bruto (PIB)

Quando se fala em trabalho no Brasil, o salário mínimo sempre é tomado como referência na análise do comportamento dos rendimentos dos trabalhadores. relacionando, evolução do salário mínimo com a evolução do PIB, isto e, de toda a riqueza produzida no Brasil, observa-se claramente que houve um crescimento econômico fantástico nos últimos sessenta anos, mas que os benefícios desse crescimento não chegaram aos trabalhadores.. Essa situação está representada no gráfico a seguir:

Por que o Estado não aumenta o salário mínimo, garantindo à maior parte da população uma vida digna, já que se produz tanta riqueza? Para onde vai toda a riqueza gerada no país? Os textos que você leu podem
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É por isso que a CUT dá um grito e a socióloga Maria Aparecida de Moraes Silva, professora visitante da USP e titular da Unesp, quer saber o que, de toda essa pujança, de todos esses aumentos e de toda essa negociação em tor­no do "flex", vai sobrar para os cortadores de cana, cujas condições ela acompanha há mais de 30 anos, principalmente na região de Ribeirão Preto (SP).
Esse trabalhador fica a ver navios boa parte do ano e se esfalfa durante a safra (abril a no­vembro) por migalhas, recebendo de R$ 2,20 a R$ 2,40 por tonelada de cana cortada. E ainda paga o transporte, a pensão, a comida. E man­da o que sobra (deve ser mágico) para casa.
Sim, porque a maioria é migrante. Deixa a fa­mília e desce do norte de Minas e do Nordeste para ganhar a vida - ou a morte.
De meados de 2004 a novembro de 2005, morreram 13 cortadores na região, ge­ralmente homens jovens (o mais velho tinha 55 anos) Há diferentes diagnósticos médicos, e os cortadores têm o seu próprio: "morte de câimbra". Sabe o que é7 A partir dos anos 90, com as máquinas colheltadeiras, o sujeito tem como meta cortar 12 toneladas de cana por dia. Aí, vem a câimbra nos braços, nas pernas e, enfim, no corpo todo Na verdade, ele morre de estafa.
Espera-se que governo e produtores se entendam para um preço justo ao consumi­dor. E que, um dia, os trabalhadores também tenham direitos - a voz, a pressão e à própria vida.
1- De

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