resumo de machado de assis
1. Introdução O propósito desse resumo interpretativo é abordar os traços típicos da obra machadiana. A questão da análise do comportamento humano, o olhar crítico do autor, associado às várias facetas sociais - são elementos que se perpetuaram na história. O fato atemporal de sua obra enriquece não só a literatura brasileira, mas a todos que por um determinado motivo vê-se frente a essa rica leitura. O resumo em questão pretende fazer uma releitura do Direito a partir de alguns contos de Machado. A pluralidade temática desses contos denota um rico estudo da psicologia humana e suas inúmeras faces. A relação entre poder, política e ciência são pontos importantes das narrativas. …exibir mais conteúdo…
Mesmo não sendo acusado formalmente pelo crime o enfermeiro torna-se o juiz de si mesmo e interiormente condena-se pelo ocorrido, até mesmo quando distante do local do evento fatídico. Como na obra machadiana os reveses são uma constante o enfermeiro é surpreendido ao saber que fora contemplado como herdeiro universal da fortuna de seu finado paciente.
A partir do momento da surpreendente notícia do testamento, o algoz do coronel passa a fazer um trabalho mental de tranquilização da consciência. Faz promessas de ajuda aos pobres, intenção de distribuir os bens recebidos aos necessitados e toda série de artifícios que só a mente dos homens sabe criar. De posse do dinheiro e dos prazeres que este proporciona, acaba se convencendo que o que ocorreu foi uma fatalidade e que certamente, pela péssima condição de saúde do paciente, não teve muita culpa na morte do coronel, que já era inevitável. Aos poucos esquece os compromissos firmados com a consciência, e deixa de lado as intenções de grandes doações do patrimônio recebido aos pobres.
Esse calejamento da consciência quando trazido ao campo do Direito nos faz entender como os assassinos contumazes comportam-se friamente frente aos assassinatos cometidos. É preciso que quem trabalhe com justiça não inverta os valores do certo e do errado, para que não se perca, a exemplo de Procópio, a sensatez nos julgamentos, por pura perda da sensibilidade ou tendenciados por propostas de gratificações.
2.3 O espelho
“Em