A áfrica à margem da globalização

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A África à margem da globalização

As relações com África serão uma prioridade da Presidência portuguesa da União Europeia. Portugal tem laços antigos e fortes com vários países africanos a sul do Sara. Essa circunstância histórica dá credibilidade ao nosso país quando na Europa comunitária se debatem temas relacionados com África. A UE tira vantagem do capital de conhecimento e capacidade de relação que Portugal possui quanto aos países africanos. E estes lucram com terem em Bruxelas uma voz que pode chamar a atenção para os seus problemas.

O facto é que África é hoje um continente que conta pouco na cena internacional. Sobretudo, ficou à margem da globalização. Enquanto a entrada da China, da Índia e de outros países asiáticos no
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No entanto, a resposta dos países ricos parece continuar a pouco ultrapassar as palavras e as boas intenções. Na Alemanha, limitaram-se a garantir que iriam cumprir os compromissos de há dois anos... Entretanto, o Banco Mundial reconheceu que nem a ajuda a África cresceu como previsto, nem os mercados ocidentais se abriram como prometido.

Há, ainda, um ponto essencial: a má governação e a corrupção em muitos países africanos, responsável em larga medida pela miséria em que eles se encontram. A própria ajuda ao desenvolvimento torna-se, assim, mal vista pelas opiniões públicas na Europa, que a consideram (em parte, infelizmente, com razão) como dinheiro desperdiçado. Daí que seja prioritária a questão da democracia, dos direitos humanos e da luta contra a corrupção em África, mesmo do ponto de vista económico. Julgo que, nessa matéria, a UE deve lidar com os países africanos exactamente com o mesmo grau de exigência que usa para com os países europeus. Proceder de outro modo seria tratar os Africanos como inferiores. Uma forma de neocolonialismo, afinal.

Por isso o empenho que Portugal põe, e bem, na realização em Dezembro de umacimeira UE-União Africana não deve levar a fechar os olhos a violações de direitos humanos em África. Ainda quando dirigentes políticos africanos fingem não ver tais violações, como desgraçadamente acontece em relação ao Zimbabué e às

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