Análise de poemas simbolistas portugueses

2019 palavras 9 páginas
Universidade Federal de Mato Grosso
Instituto de Linguagens
Departamento de Letras

Disciplina: Literatura Brasileira II
Aluna: Talita C. B. Figueiredo
3º ano Letras/Literatura matutino

Faça referências às relações que se podem estabelecer, convergentes ou discrepantes, entre as estéticas Romântica, Parnasiana e Simbolista.

Eugênio de Castro

Eugênio de Castro apresenta no 1º e 2º poemas a forma clássica do soneto petrarquiano, com dois quartetos e dois tercetos. O autor enquadra-se na Escola Simbolista pelo uso de rimas novas e raras, novas métricas, sinestesias, aliterações e vocabulário mais rico e musical.
No 1º poema, o eu lírico descreve o amor impossível por uma musa que o desdenha. A rejeição faz com que seu desejo
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Há também um sentimento de pessimismo revelado pelo seu desconforto com o presente e pelo tom de súplica que permeia todas as estrofes. Além do passado, o eu lírico busca um retorno à natureza evidenciado pela citação dos elementos: Sol, Mar, seara e luar.
O uso de maiúsculas alegorizantes destaca as palavras: Virgens, Sol, Lar, Mar e Graça. A imagem da mulher neste poema é tipicamente simbolista, pois as Virgens evocadas não são pessoas de carne e osso, mas seres simbólicos cujo canto seria capaz de apaziguar a melancolia do eu lírico transportando-o ao passado.

Camilo Pessanha

A obra Clepsidra, de Camilo Pessanha, inicia com a quadra de versos decassilábicos intitulada Inscrição. O poema, portanto, cria uma atmosfera que define a obra. Pessanha é um expoente do simbolismo português e sua poesia caracteriza-se por ser vaga, abstrata e difusa. O poeta viveu por um longo período em Macau, distante de sua terra natal, Portugal. Por isso, talvez, seja recorrente em sua obra o sentimento de exílio e inadaptação em relação ao mundo. Neste poema o eu lírico almeja fugir da existência que lhe causa desengano e dor.
A quadra possui rimas soantes e ricas, num esquema rítmico ABAB. O país perdido do 1º verso é um paraíso perdido, pois lá se encontra a luz, símbolo da imaterialidade, do espírito, da felicidade e de Deus. O eu-lírico sente saudade de um paraíso que se foi e que pode ser entendido

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