Antigo regime nos trópicos - resenha crítica

1583 palavras 7 páginas
A presente resenha visa analisar dois fragmentos de textos extraídos do livro O Antigo Regime nos trópicos: A dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVII), dos organizadores João Fragoso, Maria Fernanda Bicalho e Maria de Fátima Gouvêa. O primeiro fragmento trata-se do capítulo um intitulado: A formação da economia colonial no Rio de Janeiro e de sua primeira elite senhorial (séculos XVI e XVII) escrito pelo historiador João Fragoso. Apesar de ter sofrido forte influencia marxista, este autor busca fundamentar suas pesquisas através de uma análise micro-histórica dos fatos, questionando os modelos clássicos de interpretação da história colonial do Rio de Janeiro, que propunham uma relação de subordinação entre a metrópole e a …exibir mais conteúdo…

No contexto do período, Fragoso ressalta que o império português passou por uma atlantização da política ultramarina, sendo aprofundada a presença lusa em Angola e na América portuguesa. Porém, as três primeiras décadas coloniais do Rio de Janeiro foram marcadas por um império as voltas com problemas militares e financeiros. Logo, das capitanias que prosperaram no período, São Vicente forneceu ao Rio de Janeiro um bom grupo de conquistadores originários de uma elite social local. Homens que fugiam da pobreza, procedentes da pequena fidalguia de uma capitania que se encontrava pobre, foram os formadores das melhores famílias do Rio de Janeiro. Nesta perspectiva, o autor destaca uma pertinente indagação: “como se pagou a conta da montagem da economia colonial da Guanabara? ” Através da pesquisa do período, Fragoso afasta a idéia de financiamento da plantation carioca pelo capital holandês e também mitiga a idéia de que a origem desta economia teria sido unicamente e exclusivamente proveniente de seu porto e sua dimensão mercantil. Sendo assim, aponta para a origem das famílias com engenhos, ressaltando que parte delas são provenientes da província de São Vicente, as conhecidas famílias de conquistadores, fato que o levou a concluir que a futura elite senhorial do Rio de Janeiro, certamente, teria estreitas ligações com o negócio bandeirante de apresamento de índios. Além desta via de acumulação primitiva para os engenhos, outra foi o comércio negreiro,

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