As redes turísticas: o consumo dos espaços urbanos

1757 palavras 8 páginas
O tempo e o espaço na modernidade líquida

Vivemos num tempo onde o instante se coloca a nós como a unidade a ser vivida. Queremos que as coisas aconteçam no agora, não temos tempo para falar e pensar no ontem e nem no amanhã. Vivemos num tempo do instante: de mensagens instantâneas, de decisões instantâneas, de vida instantânea. Cada vez mais munidos de tecnologia, (vejam o que nos proporcionam nossos telefones conectados, agora, à internet) temos a sensação de que nada pode demorar mais do que alguns segundos para acontecer. A nossa percepção do tempo mudou. Com o avanço da tecnologia, as distâncias diminuíram e o tempo é cada vez mais vivido no presente, sendo o instante a sua realização última. Precisamos viver intensamente o hoje,
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Bauman (2001) é enfático: “A tarefa é o consumo, e o consumo é um passatempo absoluto e exclusivamente individual, uma série de sensações que só podem ser experimentadas _ vividas _ subjetivamente”. O lugar pode até estar cheio de pessoas, mas não há uma ação coletiva, os encontros são breves e superficiais.

A reinvenção dos espaços de consumo: O projeto de formação cultural em um shopping

O Projeto surgiu como uma idéia de levar a cultura para onde o povo está. Observamos que antes as pessoas se juntavam em praças e igrejas para se encontrar e socializar e hoje os shoppings é que têm sido o principal lugar de socialização. Não há dúvida de que, na sociedade contemporânea e líquida, os espaços de consumo se tornam uma referência à sociedade, se alastrando e alojando por todo o espaço urbano. A idéia surgiu para repensar a lógica estabelecida.

Um espaço de consumo pode ser um espaço sem lugar (ou lugar sem lugar), isto é, um lugar purificado, onde diferenças são higienizadas e não são mais ameaças (Bauman, 2001). Aí se exclui o risco da aventura, há uma sobra de divertimento. Neste sentido, há divertimento e não cultura, lembrando a idéia de entretenimento discutida por Benjamin (1987). Nestes espaços busca-se um equilíbrio perfeito entre liberdade e segurança. Assim, se primordialmente o espaço de consumo invade o espaço urbano, como repensar o espaço de consumo sendo invadido por ações de

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