Estética e função social

5187 palavras 21 páginas
ESTÉTICA II
O Gosto Como um Fato Social
Da mesma forma que o surgimento da Estética ocorreu num contexto social e político determinado, também é possível pensar a questão da beleza como um fato social. Fato social é um conceito da sociologia, proposto por Émile Durkheim, um dos fundadores dessa ciência.
Segundo ele os fatos sociais são imposições que a sociedade faz aos indivíduos e que os obrigam a seguir. São os fatos sociais que fornecem o objeto de estudo específico da Sociologia e são caracterizados pela: generalidade, fatos comuns aos indivíduos de determinada sociedade; exterioridade, exteriores ao indivíduo, pois não dependem dele; e coercitividade, obrigam-no a agir dessa ou daquela maneira.
O gosto vai se formando a partir de
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Por isso, não concorda que sejam possíveis normas morais absolutas, metafísicas, fundamentadas puramente na razão. Apenas uma concordância entre os cidadãos sobre as qualidades morais, baseadas na utilidade e no prazer que proporcionam, é que garante a validade das regras. E ele também leva esse julgamento aos juízos de gosto.
Nos juízos de gosto Hume aponta também para a idéia de consenso. E ele demonstra as dificuldades de se chegar a essa idéia comum e a precariedade em concluir alguma idéia definitiva e absoluta sobre o belo. Ele constata a grande variedade e diferença de gostos e opiniões, mesmo entre indivíduos da mesma cultura e que tenham tido a mesma educação. O filósofo chama a atenção para que não sejam julgados os gostos estranhos, como sendo bárbaros. Bárbaro, pode ser também o nosso julgamento diante daquele que é diferente. Não se pode cair na tentação de considerar belo apenas as preferências de determinadas pessoas ou culturas, ou seja, essa busca de uma padronização do gosto não pode significar a mutilação do direito de discordar e da liberdade de escolha.
Essa diversidade de gostos é mais evidente, segundo Hume, na realidade, no plano individual e particular do que no plano das aparências, dos discursos sobre assuntos mais amplos. No terreno da moral, por exemplo, dificilmente alguém discordaria de que “...a justiça, o humanitarismo, a prudência e a veracidade...” (HUME, 1997, p. 56) não fossem dignas de aplausos, e que as

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