Estudo da variação linguística na obra seara vermelha sob a perspectiva social

1645 palavras 7 páginas
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIENCIAS E LETRAS DE ALEGRE
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS

LETÍCIA DA SILVA LEMOS

Estudo da variedade linguística na obra “Capitães da Areia” sob a Perspectiva Social.

Alegre - ES
2011
LETÍCIA DA SILVA LEMOS

Estudo da variedade linguística na obra “Capitães da Areia” sob a Perspectiva Social.

Projeto de Pesquisa a ser desenvolvido como requisito para cumprimento da disciplina Monografia do curso de Licenciatura em Letras da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre. Prof. MS. Luciano Nazareth.

Alegre-ES
2011
1. INTRODUÇÃO

A linguagem possui papel fundamental na vida do ser humano. É através dela que o homem se constitui como sujeito na sociedade e estabelece
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A perspectiva social é vertical, ou seja, implica o estudo dos falares de diferentes grupos dentro de uma mesma comunidade. Os falantes são agrupados principalmente por nível sócio econômico, escolaridade, idade, sexo, raça e profissão. Desta perspectiva, observa-se e analisa-se a distinção entre um dialeto social/culto (considerado a língua padrão) – que é preso à gramática normativa, a língua ensinada nas escolas e esta em estreita conexão com o uso literário do idioma e com situações de fala mais formais – e um dialeto social/popular (considerado subpadrão) – mais ligado a linguagem oral do povo e as situações menos formais de comunicação.

2.3. Jorge Amado e Os Capitães da Areia

Como o povo aprendi tudo quanto sei, dele me alimentei e, se meus são os defeitos da obra realizada, do povo são as qualidades porventura nela existentes. Porque, se uma virtude possui, foi a de me acercar do povo, de misturar-me com ele, viver sua vida, integrar-me em sua realidade.
(AMADO, Jorge. Os Pastores da Noite).

Jorge Amado, autor baiano, descreve as raízes e características peculiares do povo nordestino, especificamente dos moleques que vivem na cidade de Salvador/Bahia. Ele traz com fidelidade os diálogos de um povo marcado pela pobreza e desigualdade social. A fala desse povo é representada por crianças de rua, prostitutas, cangaceiros, policiais, donas-de-casa, marinheiros, padres, malandros, mães-de-santo e até mesmo artistas, e tomam vida com a bela narrativa do

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