O normal e o patológico em emile durkheim

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O normal e o patológico em Emile Durkheim

1. Apontamentos básicos sobre Émile Durkheim.

Émile Durkheim nasceu da cidade de Épinal na Alsácia em 15 de abril de 1858. Estudou com Foustel de Coulanges e formou-se em filosofia em Paris. Em 1887 foi nomeado professor de pedagogia na Faculdade de Bordeaux onde escreve suas principais obras e forma a base de seu pensamento. Em 1893 defendeu sua tese de doutorado denominada A Divisão Social do Trabalho e funda a revista L’Anné Sociologie, onde foi publicada a maior parte dos trabalhos da Escola Sociológica Francesa. Em 1902, foi convidado para assumir a função de professor-suplente na Universidade de Sorbonne em Paris. Em 1906 tornou-se titular da cadeira e passou a lecionar
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Cabe à sociologia localizar quais são as partes que apresentam problemas na sociedade e restaurar seu ‘bom funcionamento’. Para regular o funcionamento da sociedade, a sociologia deveria apontar aqueles elementos que ainda não estavam ajustados e integrados à estrutura social. Desta forma, o equilíbrio, a tranqüilidade e a ‘ordem’ voltariam a existir na sociedade.[8]

Por isso, preocupa-se com a distinção entre os fatos sociais normais e anormais traçando critérios distintivos entre o normal e patológico afastando critérios recorrentes em relação a estes conceitos de modo que pudessem ser aplicados à sociologia.

2. A distinção entre o normal e o patológico.

Durkheim dedica o Capítulo 03, da obra As regras do método sociológico, publicado em 1895, para tratar das regras relativas à distinção entre o normal e o patológico apontando a utilidade dessa distinção como possibilidade científica de direcionar condutas.[9] É interessante anotar que

Até 1830 a palavra inglesa normal mantinha como significado corrente o de ortogonal e é na década de 1820 que Auguste Comte (1791-1857) dá à palavra sua primeira conotação médica. Exprimia, assim, sua esperança de que as leis relativas ao estado normal do organismo seriam conhecidas e seria possível estudar a patologia comparada. O uso do termo normal como o conhecemos surge da intersecção do conhecimento sociológico e do médico. Ambos estavam

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