Os movimentos sociais - greve na visão positivista

3093 palavras 13 páginas
CAP. XV
OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Os movimentos sociais são ações coletivas com o objetivo de manter ou mudar uma situação. Eles podem ser locais, regionais, nacionais e internacionais. Há vários exemplos de movimentos sociais em nosso dia-a-dia: as greves trabalhistas (por melhores salários e condições de trabalho), os movimentos por melhores condições de vida na cidade (por transporte, habitação, educação, saúde, etc.) e no campo (pelo acesso à terra ou pela manutenção da atual situação de distribuição de terras), os movimentos étnicos, feminista, ambiental e estudantil, entre outros. Além desses movimentos organizados, existem outros que podemos chamar de conjunturais. São os que duram alguns dias e desaparecem para, depois, surgir
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A paralisação das atividades de uma ou mais empresas sempre se apresentou como uma poderosa arma de reivindicação. O movimento operário - e a greve em particular - pode ser analisado pelo menos de acordo com dois pontos de vista: o de Émile Durkheim e o de Karl Marx. O enfoque de Durkheim tem como ponto de partida a idéia de que todo conflito é resultado da inexistência de regras e normas (anomia) que regulem as atividades produtivas e a organização das várias categorias profissionais. A desordem (greve) é, para ele, um momento especial em uma ordem geral estabelecida e serve apenas para a desintegração da sociedade. Para Durkheim, a questão social é também moral, pois envolve idéias e valores divergentes dos da consciência coletiva. Conforme Durkheim, os desejos de alguns grupos ou de indivíduos devem estar submetidos aos sentimentos gerais da sociedade, e não a eles prevalecer. Assim, uma sociedade dividida não pode ser normal, pois o fundamental é manter a solidariedade orgânica decorrente da divisão do trabalho social. KarI Marx entende a questão de outra forma. A greve aparentemente é apenas um movimento reivindicatório por melhores salários e condições de trabalho. Mas, analisando um pouco melhor, percebe-se que em uma greve operária existem sempre três atores sociais: o trabalhador, o empresário capitalista e o Estado. O trabalhador representa a força de trabalho e

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