Revisão bibliográfica sobre estrongiloidíase

4983 palavras 20 páginas
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E
TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ - UNINOVAFAPI
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA
DISCIPLINA: DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
PROFESSOR: GILVAN NUNES
ALUNA: TAÍS BELO DE CARVALHO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE ESTRONGILOIDÍASE

TERESINA - MAIO - 2013

1. Introdução
A estrongiloidíase representa doença endêmica em regiões tropicais e subtropicais, ocorrendo como casos isolados em países de clima temperado. Ao contrário de outros helmintos, o Strongylus stercoralis, agente causador da doença, pode completar o seu ciclo de vida inteiramente no organismo do homem. Como consequência, a agressão dos vermes adultos ao indivíduo infectado pode aumentar substancialmente
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(FOCACCIA,2005)

3. Taxonomia e Morfologia
O nematelminto Strongyloides stercoralis pertence à ordem (superfamília) Rhabdiasoidea, família Strongyloididae. Dentre as espécies do gênero Strongyloides, a mais adaptada ao parasitismo dos seres humanos é S. stercoralis. Há, no entanto, uma espécie, S. fulleborni, que é parasita de macacos no Velho Mundo e que, eventualmente, pode exercer parasitismo no homem em regiões da África central e oriental. A fêmea parasita, que mede de 1,5 a 10 mm de comprimento por 27 a 95 µm de largura, é raramente encontrada nos exames de fezes. Fica alojada na mucosa ou submucosa do intestino delgado, sobretudo no duodeno e porção inicial do jejuno. Reproduz-se por partenogênese e os ovos embrionados eclodem logo após a postura dando origem às larvas rabditóides ou de primeiro estágio; estas medem 400µm de comprimento por 20 a 25 µm de diâmetro e são as formas parasitárias mais frequentemente encontradas no exame parasitológico de fezes. Após sofrerem duas mudas, dão origem às larvas filarióides, ou de terceiro estágio, que são longas e afiladas, medindo de 400 a 700µm de comprimento por 12 a 20µm de diâmetro; estas detêm a capacidade de invadir os tecidos, sendo, portanto, as formas infectantes. Na doença disseminada, elas podem ser identificadas nos tecidos de extra-intestinais e fluidos do hospedeiro, havendo, contudo, machos adultos de

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