Sobre a Estética Transcendental de Kant

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Sobre a Estética Transcendental de Kant
Pretende-se, neste trabalho, conseguir explicar o que é a “Estética Transcendental”, ou seja, qual é sua definição; também se pretende determinar quais são os objetos da mesma e quais são seus objetivos e/ou resultados. Para a realização destes objetivos citados acima, é preciso ter em mente por Estética Transcendental, Kant entende “uma ciência de todos os princípios da sensibilidade a priori” 1.
Comecemos este trabalho esclarecendo o que Kant entende por transcendental, vejamos nas palavras de Höffe: “Kant chama de transcendental a investigação com a qual ele responde à tríplice pergunta sobre a possibilidade dos juízos sintéticos a priori” 2. Ora, se transcendental,
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Ora, não há dúvida que pensamos necessariamente qualquer conceito como uma representação contida numa multidão infinita de representações diferentemente possíveis (como sua característica comum), por conseguinte, subsumindo-as; porém, nenhum conceito, enquanto tal, pode ser apresentado como se encerrasse em si uma infinidade de representações. Todavia é assim que o espaço é pensando (pois todas as partes do espaço existem simultaneamente no espaço infinito. Portanto a representação originária de espaço é intuição a priori e não conceito”11

Nesta citação acima, Kant não só explica a necessidade do conceito de espaço, como explica o porquê do espaço ser uma intuição pura a priori, e não mero conceito, pois a representação do espaço é ilimitada. A exposição metafísica do espaço e do tempo mostra que tanto um quanto o outro, são formas puras da intuição, ao passo que a função da exposição transcendental é mostrar que espaço e tempo não são meras representações mentais, mas que possuem, de fato, participação na constituição dos objetos, pois são eles que tornam possível o conhecimento sintético a priori.
Kant entende por exposição transcendental “a explicação de um conceito considerado como um princípio, a partir do qual se pode entender a possibilidade de outros conhecimentos sintéticos a priori.” 12 Justamente por serem, o espaço e o tempo, formas da intuição pura (ou seja, que independem da experiência), pode haver uma ciência independente da

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