Sociedade e cultura inglesa ii

1448 palavras 6 páginas
Robert Owen – Quimera da Modernidade?

Embora se possa dizer que a Revolução Industrial Inglesa acontece como sequência natural da Revolução Científica, muitos outros factores contribuíram para o desencadear das vertiginosas mudanças que, entre 1760 e 1850, se constatam em Inglaterra. Uma política externa dirigida para a conquista marítima, faz com que a Inglaterra possua o maior poder naval do mundo. As ilhas Britânicas dominam novos mercados, beneficiam de novas matérias-primas e de novos produtos. Este contacto privilegiado com outras culturas, “obriga” os pensadores a questionarem-se sobre a multiplicidade social. A Inglaterra possui um sistema financeiro que, embora não seja especializado, está já dotado de inúmeras
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O desenvolvimento tecnológico, nomeadamente através de equipamento a vapor, estimula o sector e promove a difusão da leitura. Com a introdução de maquinaria, verificam-se desenvolvimentos nunca antes constatados, desde a tecelagem, à indústria têxtil, à extracção do carvão e minérios, passando pela indústria do ferro. Para cada problema encontrado surgia uma invenção, para a instabilidade provocada pela mesma, uma nova invenção que voltava a estabilizar a produção e o mercado. Se por um lado tínhamos o capital, as matérias-primas, as máquinas e as instalações (meios de produção), por outro os trabalhadores passaram a assalariados dos donos do capital (os capitalistas). As condições de vida eram paupérrimas, quer devido às aglomerações de pessoas nos grandes centros urbanos, quer pelo aproveitamento da mão-de-obra barata que passou a ser utilizada (mulheres e crianças). O aumento do desemprego no seio dos trabalhadores masculinos traz ainda mais fome e mais revolta. A “mão invisível” de Adam Smith, que tem por base o equilíbrio natural, é um exemplo das novas teorias económicas que ocorrem. O estado não deve interferir ou impor leis aos comerciantes e capitalistas, nem proteger os trabalhadores. As leis de Deus repõem o equilíbrio e a ordem. Smith acredita que quando patrões procuram o lucro isso os obriga a dar melhores condições aos trabalhadores e, com

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