Bases anatômicas para o bloqueio anestésico do plexo braquial por via infraclavicular



Artigo original: Rev. Bras. Anestesiol., Jun 2002, vol.52, no.3, p.348-353. ISSN 0034-7094 

1. Resumo

Justificativa e objetivos:

Procuramos demonstrar neste estudo a presença constante da fossa infraclavicular, com a finalidade de sua utilização como via de acesso para o bloqueio anestésico do plexo braquial por via infraclavicular. Visando solucionar o ponto onde os fascículos do plexo braquial podem ser localizados no interior da fossa, propusemos medidas a partir da face anterior da clavícula e do ângulo formado pelo encontro do músculo deltóide com a clavícula (ângulo deltoclavicular). A primeira medida permite localizar em profundidade o local onde passa o plexo braquial. Já a segunda, determina a projeção dos fascículos dentro da fossa, o que corresponde ao ponto de entrada da agulha na superfície cutânea.

Método:

Foram efetuadas medidas entre a face anterior da clavícula e os fascículos do plexo braquial, e do ângulo deltoclavicular até a projeção superficial dos fascículos. Com base nos achados anatômicos foi proposta uma técnica de abordagem do plexo braquial por via infraclavicular.

Resultados:

Foram analisadas 100 regiões infraclaviculares de cadáveres fixados. A fossa infraclavicular foi detectada em 96 casos. Nessas os fascículos do plexo braquial localiza-se totalmente ou parcialmente em 97,9%. A medida aferida entre a face anterior da clavícula e os fascículos do plexo, foi de 2,49 cm e do ângulo deltoclavicular até a projeção superficial dos fascículos estava em 2,21 cm.

Conclusões:

Os dados obtidos permitem a determinação precisa do ponto de introdução da agulha, a qual, dirigida perpendicular à pele, atinge o plexo braquial sem perigo de provocar pneumotórax ou lesão vascular, possibilitando uma segurança maior aos anestesiologistas, e permitindo a volta da prática do bloqueio do plexo abaixo da clavícula.

Unitermos: ANATOMIA: plexo braquial; TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional: bloqueio do plexo braquial

2. Resumen

Justificativa y objetivos:

Buscamos demostrar en este estudio la presencia constante de la fosa infraclavicular, con la finalidad de su utilización como vía de acceso para el bloqueo anestésico del plexo braquial por via infraclavicular. Con la idea de solucionar el punto donde los fascículos del plexo braquial pueden ser localizados en el interior de la fosa, propusimos medidas a partir de la face anterior de la clavícula y del ángulo formado por el encuentro del músculo deltóide con la clavícula (ángulo deltoclavicular). La primera medida permite localizar en profundidad el local donde pasa el plexo braquial. Ya la segunda, determina la proyección de los fascículos dentro de la fosa, lo que corresponde al punto de entrada de la aguja en la superficie cutánea.

Método:

Fueron efectuadas medidas entre la face anterior de la clavícula y los fascículos del plexo braquial, y del ángulo deltoclavicular hasta la proyección superficial de los fascículos. Con base en los encuentros anatómicos fue propuesta una técnica de abordaje del plexo braquial por via infraclavicular.

Resultados:

Fueron analizadas 100 regiones infraclaviculares de cadáveres fijados. La fosa infraclavicular fue detectada en 96 casos. En ésas, los fascículos del plexo braquial se localizan totalmente o parcialmente en 97,9%. La medida comparada entre la face anterior de la clavícula y los fascículos del plexo, fue de 2,49 cm y del ángulo deltoclavicular hasta la proyección superficial de los fascículos estaba en 2,21 cm.

Conclusiones:

Los datos obtenidos permiten la determinación exacta del punto de introducción de la aguja, la cual, dirigida perpendicular a la piel, alcanza el plexo braquial sin peligro de provocar pneumotórax o lesión vascular, posibilitando una mayor seguridad a los anestesiologistas, y permitiendo la vuelta de la práctica del bloqueo del plexo abajo de la clavícula.


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