O projeto Alegria

Enviado por Lisete Maria Massulini Pigatto - lisetepigattoaid[arroba]yahoo.com.br


  1. Introdução
  2. A perspectiva inclusiva
  3. Conclusão
  4. Referencias Bibliográficas

O Projeto Alegria surge no Colégio Estadual Coronel Pilar, em março de 2002, na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Resultado da parceria estabelecida entre a Educação Especial e o Ensino Fundamental fundamentado numa proposta inclusiva. Atualmente integra-se com toda a escola, A Escola Estadual Xavier da Rocha e a Universidade Luterana do Brasil, a ULBRA.

O projeto surgiu devido à necessidade de trabalhar a socialização com alunos da Sala de Recursos Deficientes Visuais e da Classe Especial. Tem como objetivo instigar a aprendizagem e criar espaços para que possam exercitar a sua cidadania pró-ativa e vivenciá-la. De forma que gradativamente eliminem as barreiras sociais e mantenham suas iniciativas.

O projeto se desenvolve pela Educação Dialógica Problematizadora e pela Metodologia da Recreação e Cidadania. Trabalha de acordo com o calendário escolar, associando os temas, as ações e as atividades educativas sucessivamente. Os estímulos, os motivadores e as oportunidades reúnem os conhecimentos, num processo de analise e síntese.

Justifica-se o projeto como uma oportunidade de interação e de inclusão social. Possibilita ao aluno aprender de forma inusitada. A partir das trocas, das discussões sobre as questões, associam-se os conteúdos e as vivencias pela arte. De forma inter, transdiciplinar e multidimensional trabalha-se os conceitos, os conteúdos, para agir e interagir, transpondo barreiras. Parte do brinquedo, da brincadeira, do jogo e da informática, sistematizando-os. Assim ocorre o recrear e desenvolvem-se os novos saberes. A metodologia reúne os fundamentos do construtivismo e do sociointeracionismo. Integra teorias de Piaget (1973), Wygotsky (1994), Wallon (1973) Ausubel (1980) e Freire (1999) além da contribuição de outros autores e atores sociais. Propõe uma aprendizagem dinâmica, alegre e muito divertida.

A educação do novo milênio aponta para a construção de uma escola voltada para o desenvolvimento dos cidadãos, independente das suas potencialidades. Nessa perspectiva percebe-se a necessidade de compartilhar com os professores (as) essa nova visão de educação emancipadora que procura desenvolver a autonomia, a afetividade e a co-responsabilidade num processo de humanização para desenvolver a harmonia entre os "seres".

O Projeto Alegria apresenta resultados significativos devido ao trabalho desenvolvido interagindo a razão e a emoção. No qual se percebe o despertar da linguagem e da aprendizagem. O resultado está no grande número de alunos que foram incluídos na classe regular. A proposta instiga o desenvolvimento da cidadania pró-ativa e estimula a afetividade, a qual vem se manifestando diariamente, depois de terem vivenciado essas experiências.

Palavras chave: aprendizagem, projeto e recreação

Introdução

Só existe um caminho para o ser humano tornar-se pleno. Desenvolver a sua cidadania pró-ativa pela ação, para fazer parte do processo e transformar-se num ser feliz, bom e belo. Nessa perspectiva é que se desenvolve o Projeto Alegria no Colégio Estadual Coronel Pilar, na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Pela Educação Dialógica e problematizadora e pela Metodologia da Recreação e Cidadania faz com que a ação escolar transforme-se em saberes.

A Educação dialógica e problematizadora é uma prática tão antiga, quanto atual que permeia este projeto. A trajetória da dialética tem sua origem, na Grécia antiga, quando era vista como a arte do diálogo e da discussão. A sua prática estende-se até os dias de hoje. Contempla um modo de pensar que, ao privilegiar as contradições da realidade, permite que o sujeito se compreenda como agente e colaborador do processo de transformação constante pela qual todas as coisas existem. Estudadas em diversas fases da história por Heráclito, Diderot, Rousseau, Hegel, Marx, Lukács, Gramsci e Walter Benjamin e outros pensadores contemporâneos.

Um Pensador como Celso Antunes (2001, p.15) percebe a dialética inclusive nos projetos. O qual pode ser entendido como "uma pesquisa ou uma investigação, mas desenvolvida em profundidade sobre um tema ou um tópico que se acredita interessante conhecer". O sucesso do projeto se deve ao esforço investigativo, quando se volta para encontrar respostas convincentes sobre o tema levantado pelo contexto ou para alcançar um objetivo esperado.

Na Grécia antiga já se encontram registros da existência da música e da dialética. Beyer (1993) faz um breve histórico da educação musical ao longo do tempo. Apresenta registros sobre o ensino da música instrumental, do canto e da dança para meninos chineses de 1959 a 256 ªc. A música na Grécia antiga há 2,5 mil anos ªc., já era utilizada na educação com o objetivo de cultuar a harmonia do homem No Império Romano, sob a influencia da cultura helenística, a música foi valorizada a ponto de ocupar um lugar como ciência entre as "artes Liberales". No séc. VI ªc. Pitágoras encontra na música e na dieta os dois meios de harmonizar o corpo e a alma.

Embora a democracia grega não fosse realmente democrática havia uma cultura política que contemplava o cidadão na sua forma plena. Os gregos tinham uma grande preocupação em garantir a educação musical como parte imprescindível da formação do cidadão. Quer na antiga Grécia, quer nos nossos dias, o fundamento do governo democrático é um só: "o poder só é legítimo quando emana do povo que manifesta sua vontade através do voto"., a qual é legalmente exercida pelos seus representantes eleitos direta ou indiretamente.

Os gregos desenvolveram pela Paidéia um esforço coletivo de formação do cidadão contemplando os seus aspectos físicos, intelectual e moral. Criaram uma sociedade que se voltou aos reais interesses da população. Em Atenas, na cidade mais importante da Grécia, havia uma colina chamada de Acrópole, considerada o ponto de encontro da população. Entre uma conversa e outra admiravam o mar, passeavam por entre as construções, os templos e os teatros. Disso resultou a democracia, pois falavam a mesma língua e tinham os costumes parecidos. Motivados pela cultura escreveram os primeiros livros de filosofia e peças de teatro, cultivando a poesia. Criaram as olimpíadas e devido à união praticavam a mesma religião.


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