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O projeto Alegria (página 2)

Lisete Maria Massulini Pigatto

Na Grécia viveu-se a "Democracia" em sua essência, que é a participação do povo no poder. As cidades se encarregavam de organizar o abastecimento. Prover ao povo as necessidades básicas como a alimentação, a saúde, os esportes, o lazer, a alegria e a festa. O cidadão era trabalhado nos três aspectos ou níveis: no físico, no intelectual e no espiritual ou moral. ‘O aspecto físico era trabalhado para que constituir a pessoa em condições de participar.

A sua formação intelectual era desenvolvida de forma dialógica e problematizadora no intuito de produzir o conhecimento novo nas escolas e nos Liceus. A formação espiritual e moral se davam nos teatros e tribunais. A comédia e a tragédia estimulavam a consciência dialética e a ética.’ Há 14 séculos ªc., os poetas gregos começaram a narrar a mais rica mitologia dessa civilização. Falavam dos deuses e semi-deuses, monstros e heróis povoando a imaginação das pessoas para explicar coisas incomprensíveis, como a criação do mundo, os mistérios da vida e da morte, difundidos os mitos no ocidente. Assim, ao longo do tempo a civilização foi se constituindo, incorporando outras civilizações, outras culturas com sentido e significado.

Na era da informação cristaliza-se o processo de ensino aprendizagem por meio da música, da recreação e da cidadania, pelas vivencias, unindo a teoria e a prática. O Projeto Alegria apresenta esse perfil, trabalhar o ser humano por meio da música, do canto, da dança, do teatro, no intuito de despertar a aprendizagem pela emoção. Tem como objetivo instigar no (a) aluno (a) uma aprendizagem significativa, por meio da educação dialógica problematizadora, pela metodologia Recreação e Cidadania, numa sucessão de temas ações e atividades educativas.

O projeto justifica-se como uma oportunidade de interação e de inclusão social. Possibilita ao aluno aprender de forma inusitada. A partir das trocas, das discussões sobre as questões, associam-se os conteúdos e as vivencias pela arte. De forma inter, transdiciplinar e multidimensional trabalha-se os conceitos, os conteúdos, para agir e interagir, transpondo barreiras. Parte do brinquedo, da brincadeira, do jogo e da informática, sistematizando-os. Assim ocorre o recrear e desenvolvem-se os novos saberes.

A metodologia reúne os fundamentos do construtivismo e do sociointeracionismo. Integra teorias de Piaget (1973), Wygotsky (1994), Wallon (1973) Ausubel (1980) e Freire (1999) além da contribuição de outros autores e atores sociais. Propõe uma aprendizagem dinâmica, alegre e muito divertida.

A pesquisa revela a necessidade que os (as) alunos (as) têm em participar do processo inclusivo e exercitar a sua cidadania. O processo histórico da humanidade vem demonstrando a necessidade de investir nessas novas dinâmicas interativas. De forma a estimular, motivar e criar oportunidades para que o (a) aluno (a) possa vivenciar a aprendizagem com emoção. Pesquisar novas metodologias que promovam o ensino e a aprendizagem com acessibilidade a diversidade contemplando o individual e o coletivo com humanização.

A perspectiva inclusiva

A perspectiva da inclusão e a carência de exercícios democráticos para desenvolver a cidadania pró-ativa demonstram o despreparo do povo brasileiro que hoje somam cerca de 190 milhões de pessoas aproximadamente. Sendo a grande maioria carente em todos os sentidos. Desta população, segundo dados do Censo escolar de 2005 (MEC/INEP) registram que a participação do atendimento inclusivo cresceu, no Brasil, passando dos 24,7% em 2002 para 41% em 2005. O que evidencia a necessidade crescente da inclusão e o reconhecimento do trabalho.A partir desses dados é preciso que o ensino da rede pública melhore consideravelmente.

No dia 15 de março de 2007, o governo anunciou os principais pontos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), apelidado de "PAC da Educação", numa referência ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado no início do segundo mandato do presidente Lula. "Acho que é a primeira vez que o governo federal elabora um plano que inclui todos os níveis do sistema educacional", diz a diretora da Faculdade de Educação da USP, Sonia Penin.

"A grande ênfase desse plano é a qualidade da educação básica", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. "Temos o desejo de envolver famílias, diretores, professores, secretários municipais, estaduais e o MEC com metas de qualidade no que diz respeito à promoção das crianças, para diminuir a repetência no País e, também, quanto à qualidade do ensino ministrado, para melhorar o desempenho escolar". A meta é ambiciosa, pois, num país do tamanho do Brasil, está-se falando de 160 mil diretores, mais de 5 mil secretários de educação e de 2 milhões de professores, onde a metade deles ganha menos de R$ 800,00 mensais. A desvalorização do ensino e do cidadão brasileiro se encontra em toda parte.

Inicia-se com o descaso aos profissionais, refletida nos baixos salários até a escassez de recursos nas escolas. A crítica que se faz ao governo federal é o descaso com a educação básica em contra partida ao excesso de atenção a reforma universitária. A educação básica tem que emancipar-se, deixar de tratar apenas do conteúdo, mas voltar-se para a sua aplicação na vida real. Desenvolver no (a) aluno (a) a autonomia, de forma que possam administrar-se e dar seqüência aos seus estudos, independente da série que se encontram para ser um cidadão. Quando se fala em inclusão, não se pode mais associar aos alunos (as) que visivelmente apresentam características de portadores de necessidades especiais, mas pensar na inclusão como uma ideologia. Uma filosofia, ou uma política capaz de amenizar os problemas educacionais. Manter o (a) aluno (a) na escola, evitar a repetência e a evasão escolar. De certa maneira devemos nos inspirar na cidadania Grega. Na organização das cidades e como preparavam os cidadãos para o exercício democrático.

Atualmente, o processo inclusivo vem tomando força devido às políticas públicas implantadas. No Documento subsidiário à Política de Inclusão (2005, p.08) afirma que: "uma política efetivamente inclusiva deve ocupar-se com a desinstitucionalização da exclusão, seja ela no espaço da escola ou em outras estruturas sociais". Nessa perspectiva é que se justifica o nosso trabalho, incluir os (as) alunos (as) por meio da alegria no contexto social. De forma que possam participar e contribuir com processo de humanização independente do seu potencial.

O Plano de Desenvolvimento da Educação prevê a expansão do programa Bolsa-Família para adolescentes de 16 e 17 anos, o que se torna imprescindível devido à crise que se alastra no país. É apenas um paliativo, mas contribui financeiramente com as famílias. A escola é um espaço de ação e transformação, portanto associar esses programas, vincular os projetos políticos aos projetos sociais se constitui na grande possibilidade de transformar esse país, diminuir a violência e dar um novo caminho com mais oportunidades de educação, trabalho e dignidade.

As novas metas do ensino brasileiro prevê aumento de verbas e ações voltadas para todos os níveis de ensino da escola básica até o pós-graduação. Portanto, partindo da premissa que 'inclusão' significa pensar em soluções que beneficiem um número cada vez maior de pessoas espera-se que estas metas sejam alcançadas e consigam chegar aos seus destinos.

O objetivo da política e organizar a sociedade e lhe dar funcionalidade, de modos a promover o bem estar social a população e não a meia dúzia de interessados. Esta é a razão do nosso trabalho discutir a inclusão e fazer com que ela seja realmente contemplada no contexto. Na discussão e no debate os ânimos se exaltam, as idéias se confrontam, mas tudo isso faz parte do processo e o resultado é extremamente salutar para garantir a estabilidade da democracia e a busca do entendimento entre as pessoas para desenvolver harmonia e uma cultura de paz.

O mundo não para e as necessidades da população também não. O povo está cansado de ser enganado e ter que esperar para amanhã as soluções que deveriam ser para hoje. É preciso ação e atitude para desenvolver trabalhos como estes projetos que trazem um retorno sócio-educacional considerável. Estimulam, motivam e criam oportunidades de educação, gera trabalho, emprego, renda e contribui com a governabilidade ao país.

O Projeto Alegria tem essa dimensão vivenciar a democracia. Portanto nessa mistura de razão e emoção vamos cantar e lutar em busca da liberdade e de novas oportunidades. Para exercitar a inclusão e colocar em pratica os princípios da humanização que é compartilhar os saberes. Sem dúvida, um exercício bastante difícil, mas não impossível de ser praticado nesta época onde a idéia do coletivo ganha uma nova dimensão. A educação, a justiça e a inclusão tomam dimensões até então nunca vistas e criam oportunidades de trabalho e realização.

O mundo se globaliza a cada dia, num caminho sem volta e nos temos que aprender a conviver com isso, reivindicar a nossa parcela como povo. Esta é a função da política, elaborar propostas que permitam organizar a sociedade, onde as pessoas que queiram participar do processo tenham voz e vez. Discursos nacionalistas, atrasados já não repercutem, caem no vazio, ficam sem fundamentação. "Um modo como os intelectuais podem contribuir para os movimentos sociais é tornando acessível o conhecimento específico que possuem como especialistas em dado campo". (Freire 1987, p. 219) É preciso valorizar a soberania do país, pois o mundo informatizado trabalha em redes colaborativas. Cobra políticas públicas inclusivas que resolvam os problemas dos povos, como a fome, a miséria, a educação, o trabalho, a saúde, a violência, a urbanização, o acesso à renda e tantos outros que atormentam a população.

Conclusão

A Política inclusiva a nível de mundo representa oportunidades sem precedentes para o desenvolvimento da sociedade do futuro e a nós educadores fazer a nossa parte. Para quem ainda não percebeu ainda esta é uma época de ouro, onde se apresentam os maiores desafios e as melhores oportunidades para quem souber vislumbrá-las. É preciso valorizar a educação, reunir o trabalho dos cérebros humanos às novas propostas de trabalho em prol de um mundo melhor.

Desenvolver novos métodos e técnicas que sejam capazes de encantar e produzir aprendizagem. Criar o novo, desenvolver habilidades, competências e provocar uma tomada de atitude para ajudar a desenvolver o país. É preciso resgatar o que por ignorância ou descaso é deixado de lado. No entanto pode ser a alavanca de todo o processo evolutivo "a educação".

O mundo exige ação e atitudes. A educação se apresenta como um dos pilares fundamentais dos direitos humanos e dos deveres do estado, da família e da comunidade. A educação é uma questão estratégica de extrema importância para o desenvolvimento da cidadania, da democracia, da sustentabilidade, da humanização e da manutenção da paz.

Os problemas do séc. XXI são muitos e os conflitos acentuam-se cada vez mais. No entanto, "aprender a ouvir e a valorizar as pessoas são questões chaves nas regras de convivência emocional" (Terra, 1999, p.223) para desenvolver a convivência no grupo. Sem dúvida há necessidade de se criar oportunidades para incluí-los ao sistema e as perspectivas centram-se no estado como um meio para organizar a sociedade civil. A cidadania pró-ativa organizada deve participar, cobrar ações e atitudes para com a desigualdade social.

Infelizmente constata-se que no Brasil o trabalho em prol da cidadania é pequeno, devido ao baixo nível de exigência e à falta ou acesso de conhecimentos e de informações. O mundo requer acordos e parcerias. Não apenas votos conscientes, mas uma participação efetiva na elaboração de propostas, na cobrança dos resultados, pois o educando de hoje é o estado do amanhã. Desenvolver a consciência na população é melhorar o seu entorno, proporcionar qualidade de vida no intuito de que mantenha sempre a iniciativa. A iniciativa de querer fazer, de não acomodar-se, mas buscar saberes para melhorar-se como ser humano.

O Projeto Alegria procura desenvolver a cidadania por meio da arte, num processo de ensino e aprendizagem em consonância com o seu espaço e o seu tempo. Instiga uma tomada de atitudes do (a) aluno (a) em consonância com uma postura pró-ativa da escola, da família e de toda a comunidade. Esses são investimentos valiosos que com certeza trazem retorno à sociedade. Cientes das mudanças que se fazem necessárias face à perspectiva inclusiva é que se lança esta proposta. Trabalhar a inclusão por meio da arte, como uma forma de manifestar as nossas indignações e chamar a educação à mobilidade social. Para refletir a sua prática pedagógica, pois o educando e o educador passa a ser o ponto central do desafio.

A educação do novo milênio aponta para a construção de uma escola voltada para o desenvolvimento dos cidadãos, independente das suas potencialidades. Nessa perspectiva percebe-se a necessidade de compartilhar com os professores (as) essa nova visão de educação emancipadora que procura desenvolver a autonomia, a afetividade e a co-responsabilidade.

Percebe-se assim, que era o que Paulo Freire (1971) queria. Por meio do diálogo a busca da autonomia pelo conhecimento científico, técnico ou pelo experencial. Problematizar o conhecimento e a sua relação com a realidade, para que se possa compreender, explicar e transformá-la. O Projeto Alegria proporcionou por meio da arte, do diálogo e da problematização o desenvolvimento da afetividade, da cognição e do prazer.

Permite o "Aprender a aprender e a conviver pela emoção". Apresenta resultados significativos devido ao trabalho desenvolvido interagindo a razão e a emoção. No qual se percebe o despertar da linguagem e da aprendizagem. O resultado está no grande número de alunos que foram incluídos na classe regular. A proposta instigou o desenvolvimento da cidadania pró-ativa e da afetividade, a qual se manifesta diariamente, depois de terem vivenciado essas experiências. O processo de humanização procura compartilhar saberes. Desenvolver as potencialidades, inspirar o entendimento, a solidariedade, a compaixão e promover o desenvolvimento de uma cultura de paz e harmonia entre os habitantes do planeta.

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http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2007/jusp795/pag0304.htm

Lisete Maria Massulini Pigatto

Trabalha como Educadora Especial na Rede Estadual e Municipal de ensino na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Doutoranda em Ciências da Educação pelo Acordo do Mercosul na UTIC, Universidad Tecnológica intercontinental em Asunción, Paraguay.

lisetepigattoaid[arroba]yahoo.com.br

Tânia Menegazzi

Mestre em Educação pela UFSM, Educadora Especial da Rede Estadual de ensino na cidade de Santa Maria, RS, Brasil.

taniamenegazzi[arroba]bol.com.br



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