BARROS, Roque Spencer Maciel de. Fundamentos e objetivos do ensino. In: Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São Paulo: Pioneira, 1998.

O capítulo denominado “Fundamentos da Educação” escrito por Roque Spencer Maciel de Barros, traz um conjunto de ideias sobre os fundamentos e objetivos do ensino, aborda não somente o que é a estrutura e funcionamento do ensino, mas o que ele deve ser, colocando o problema como sendo da filosofia da educação, além de analisar as condições de possibilidade da educação.
A modificabilidade humana é o fator que torna a educação possível, o homem é um ser que se transforma internamente, por isso é considerado um ser histórico, diferente dos animais ele transpassa o universo natural chegando até a …exibir mais conteúdo…

Porém não é por causa de se verificar a diversidade dos fins da educação, que se pode eliminar a possibilidade de um fim universal. Por isso, pelos fins históricos, por-se-á o historicismo dos românticos triunfante.
O autor analisa então duas formas de historicismo, o fechado e o aberto. O fechado constitui-se em uma sucessão que caminha em um sentido, em determinado tempo chegará ao fim que será universal. Sendo então a educação ajustada nesses termos, como etapas ou momentos que levam a evolução histórica, o ser se revelará completo no final desse processo. Analisa também os problemas que o historicismo fechado tem, a parte que é determinada universalmente sempre irá compreender exaustivamente o universal que a determina. Além de a história possuir um final, que a determina. Para explicar melhor o autor cita o positivismo como exemplo, mostrando as fases da humanidade: 1.Teológica; 2.Metafísica; 3. Positiva.
O historicismo aberto é aquele que todos os valores são verdadeiros, não chegam nunca a um fim. O autor então entra no tema a respeito da verificação irremediável da historicidade dos fins da educação, sendo que essa diversidade dos fins tem relação com os conteúdos, sobre o que se quer com a educação, que é fazer do homem aquilo que ele não é e moldá-lo para o que ele deverá ser. Cita a palavra heteronomia, que a princípio não sabia o que significava, tendo a devida explicação no próprio texto, que significa: “a subordinação da vontade