Guerra de canudos e caldeirão

1433 palavras 6 páginas
Introdução

O trabalho vai falar sobre as guerras de Canudos e do Caldeirão, fatos que participam da história do Nordeste, a luta de sertanejos que sofriam por ser pobres e nem um pouco privilegiados, uma luta por aquilo que queriam que estivesse nos seus direitos e acreditavam.

Caldeirão
Natural da Paraíba, José Lourenço Gomes da Silva chegou a Juazeiro em 1890. A partir daí, aproximou-se de Padre Cícero. No Ceará, Lourenço integrou seitas de penitentes, grupos de autoflagelação que rezavam na Semana Santa em cemitérios do Cariri. O beato se instalou no sítio Baixa Dantas, onde passou a produzir pequenas roças. Cícero passou a mandar para o sítio de José Lourenço os retirantes que chegavam
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A igreja ainda não estava concluída quando chegaram às primeiras tropas para reprimir o movimento, a 11 de setembro de 1936.
As casas foram incendiadas. O beato e uma parte dos seguidores passaram a viver como nômades na Serra do Araripe, fugindo da repressão. Depois de destruir as casas e levar as portas da igreja, a polícia espalhou a versão de que o beato vivia num verdadeiro harém, com 16 mulheres. Insuflado por prefeitos da região, a 11 de maio de 1937 os aviões bombardearam a caatinga onde os "fanáticos" se refugiavam. A operação era apenas para amedrontar, argumentou Cordeiro Neto.
O chefe de polícia resolveu comandar pessoalmente a ação para liquidar a comunidade de fanáticos. O tenente Alfredo Dias, comandante de um dos grupos, contou 80 cadáveres ao final da operação. Manuel Cordeiro Neto, chefe da polícia cearense e mais tarde prefeito de Fortaleza, disse, em depoimento gravado em 1991, um ano antes de morrer, que o número de mortos em todas as fases de combate chegou a 200. Ele deu ordens para incinerar os corpos na mata.
O Estado decidiu contabilizar 85 mortos - 80 citados no relatório do tenente Alfredo Dias, testemunha da tragédia, e 5 na emboscada dos "fanáticos", preparada para o capitão José Bezerra.
O beato José Lourenço sobreviveu. Morreu anos depois, em 1946, de peste bubônica, numa fazenda em Exu, Pernambuco. Os seus seguidores levaram o caixão, a pé,

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