O racionalismo cartesiano no contexto da teoria do conhecimento.

2446 palavras 10 páginas
O Racionalismo Cartesiano no contexto da Teoria do Conhecimento.
Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 2, Volume fev., Série 21/02, 2011, p.01-08.

A despeito da discussão iniciada na antiguidade, durante a Idade Moderna, René Descartes revolucionou a maneira de pensar a construção do conhecimento, podendo ser considerado o pai da moderna Teoria do Conhecimento.

A despeito de grande parte dos historiadores da filosofia considerar John Locke como o fundador da Teoria do Conhecimento, foi Descartes que, seguindo a tradição estabelecida por Parmênides, demoliu todas as certezas para reconstruí-las sob as bases solidas da razão. Depois de um período em que, durante a Idade Média, o cristianismo interrompeu a discussão sobre a
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Entre 1633 e 1637 publicou mais um tratado de física - Meteoros, dióprica e geometria -, passando a expressar uma intensa preocupação com o problema da objetividade da razão e a autonomia da ciência em relação à onipotência de Deus. Isto conduziu a publicação da obra O discurso sobre o método, a qual ficaria conhecida como O discurso do método, em 1637, demonstrando o caráter objetivo da razão, indicando regras para buscar a objetividade para alcançar a verdade. Embora tenha mesclado esta intenção com fundamentos metafísicos, por razões obvias, para tentar escapar da censura da inquisição.

Este caráter metafísico do pensamento cartesiano foi ressaltado na obra Meditações sobre a filosofia primeira, conhecida como Meditações metafísicas, publicada em 1641. Onde Deus foi apresentado como garantia da existência do mundo e da possibilidade de construção do conhecimento objetivo e concreto da realidade. Em 1644, Descartes publicou Princípios da filosofia, uma síntese de suas concepções filosóficas e cientificas. Dedicando-se a responder objeções de seus críticos, através de cartas remetidas a cada qual, hoje também publicadas.

Em 1649, quando publicou As paixões da alma, onde abordava a relação entre corpos e alma, o problema da moral e do livre-arbítrio; desgostoso com a proibição de suas obras em várias universidades em diferentes pontos da Europa, resolveu aceitar o convite da rainha Cristina da Suécia para integrar sua corte.

A estadia na

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