Jean-Claude Bernardet introduz o seu tema, no livro “O que é cinema” descrevendo e nos mostrando uma ida ao cinema, desde a escolha do programa a ser feito e a censura, até os trailers e qualidade do som e imagem. Depois nos revela que todo esses aspectos descritos, somado a alguns outros, são os que constituem o complexo ritual ao qual chamamos de cinema, mas que, no entanto costumamos pensar só como a estória passada na tela, excluindo todo o resto que é envolvido nesse processo. Então, ele inicia o seu texto a partir de perguntas que o próprio responde adiante.
O primeiro ponto que Bernardet comenta é sobre a questão de o cinema conseguir levar realidade ao que está passando na tela, tornando a imagem, algo não real, em verdadeiro …exibir mais conteúdo…

Esta foi a linguagem dominante no cinema narrativo industrial, e esse princípio se mantém atualmente, como o modelo hollywoodiano que domina o cinema no mundo.
Porém existem outras linguagens, e a do cinema soviético, dos anos 20, não seguiu o modelo transparente, mas apostou na montagem como a criação de uma nova realidade, a realidade cinematográfica. Outras também resolveram não seguir o modelo americano, como o expressionismo, onde se acreditava que a realidade era subjetiva e interior, não se preocupando em expor o que é real exteriormente, mas trazendo a tona o que eles julgavam como realidade. Outra linguagem que fugiu da narrativa foi a vanguarda francesa, que buscava trazer o sentimento, estados de espíritos, ambientes, entre outras coisas, para a tela através da criação de montagem, ritmo e enquadramentos. Jean-Claude Bernardet nos fala também sobre o surrealismo, onde o artista expressava seu intimo, com imagens chocantes e extremamente fora da realidade. E por fim, da escola documentária britânica que põe o cinema a serviço da sociedade, principalmente a classe operária, mas devido ao fato de não ser de interesse dos capitalistas, só conseguiam produzir com subsídios dos trabalhistas no governo. Esta parte do livro nos