Villaça - contribuição história PU no Brasil

1487 palavras 6 páginas
Fichamento do texto: VILLAÇA, F. Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil. IN: DEÁK, C. & SCHIFFER, S.R.(Orgs.) O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: Edusp, 1999. p. 170-243.

Villaça neste artigo realiza uma análise histórica das idéias e práticas do planejamento urbano e planos similares de 1875 até o período atual. A análise inicia-se com a distinção entre planejamento urbano lato e strictu sensu; a concepção ideológica do planejamento e o descolamento da realidade; para finalmente passar a uma periodização dos planos urbanos no Brasil.
Para Villaça, o planejamento urbano não pode ser confundido com a ação do governo federal no âmbito dos transportes, saneamento e habitação, já que o primeiro é uma
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Neste sentido, a partir de 1930 novos planos “eficazes” são criados com pretensa preocupação social. Villaça aponta três fases destes: o urbanismo e plano diretor; os superplanos; e o plano sem mapa.
Mesmo na época do urbanismo e o plano diretor (1930-1965), o urbanismo que tinha relação estreita com a arquitetura associando técnica a uma preocupação estética, foi preterido porque o destaque dos dois primeiros planos desta natureza (1930) em são Paulo e no Rio eram para a infraestrutura, saneamento e transportes, isto é, planejamento integrado que tem no discurso a preocupação com o “geral’ da cidade, mas privilegia o centro. O distanciamento com a realidade e o efeito discursivo de tais planos era evidente em todas as cidades onde se pretendia desenvolvê-los. (p.206). No entanto, Villaça (p.211), afirma que a partir de 1965 o discurso dominou completamente o planejamento, é o inicio da fase, inaugurada por um plano elaborado pelo arquiteto grego Doxiadis, dos superplanos tecnocratas.
Nestes planos não bastavam às preocupações com infraestrutura, mas também com o desenvolvimento econômico e social integrando os vários componentes urbanos espacialemtne e regionalmente. Villaça caracteriza os superplanos como absolutamente descolados da realidade, ficando de um lado as

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