Os diversos tipos de conhecimento

Enviado por Wilson Correia


  1. O que é conhecer?
  2. Conhecer e pensar
  3. Os diversos tipos de conhecimento e saberes
  4. Conclusão
  5. Referências bibliográficas

1 O que é conhecer?

De modo simples, pode-se dizer que "conhecer é elaborar um modelo de realidade" e "projetar ordem onde havia caos" (CYRINO & PENHA, 1992, p. 13). Nesse sentido, três elementos são necessários para que haja conhecimento:

a) O sujeito, que é o ser que conhece;

b) O objeto, aquilo que o sujeito investiga para conhecer;

c) A imagem mental em forma de opinião, idéia ou conceito que resultam da relação sujeito-objeto e que passa a habitar a subjetividade daquele que conhece.

Nesse processo, dado que o humano é pensante-sentinte-comunicante, ele articula sentimentos e pensamentos e os transmite por meio da linguagem simbólica, a qual o diferencia dos demais seres existentes. Essa linguagem pode ser oral ou escrita, verbal ou não-verbal.

Falar, escrever e gesticular seriam maneiras elementares de o sujeito humano produzir e veicular informações, conhecimentos e saberes. As informações ele as registra em suportes materiais palpáveis. O conhecimento ele o apreende em sua subjetividade, de maneira dinâmica para sempre ser reelaborado. O saber são aquelas informações e aqueles conhecimentos que ele, humano, mobiliza para relacionar-se com o mundo, interagir com os semelhantes, com a sociedade, com o universo e com a vida (CHARLOT, 2000).

Por meio da relação sujeito-objeto, da qual resultam informações, conhecimentos e saberes, o humano cognoscente busca compreender, representar e explicar os objetos com os quais convive em sua vida prática e até aqueles que ele imagina possam existir como idéia formal apenas . A isso chamamos conhecimento, esse produto da inteligência simbólica humana por meio da qual o múltiplo ganha uma unicidade, a diversidade recebe certa harmonia e o vazio e preenchido por um sentido, sendo o principal deles o sentido existencial, a razão de ser da vida, o motivo pelo qual o homem e a mulher são, pensam, sentem, julgam, valoram, decidem e agem no aqui-agora de seu ser-estar no mundo.

2 Conhecer e pensar

Decididamente, pode-se dizer que os humanos se diferenciam do animal que não possui inteligência simbólica pela capacidade que o homem e a mulher têm de pensar e,ao fazê-lo, problematizar o seu entorno físico e cultural.

Entorno físico identifica-se com a natureza natural. O entorno cultural refere-se a tudo que o humano produz ao ser, estar e agir no mundo. Enquanto o humano interfere naquela realidade natural e a modifica, os outros animais apenas são predominantemente adaptativos ao ambiente em que se encontram.

Um exemplo que ilustra com simplicidade essa constatação é o caso do João-de-barro, o passarinho que, desde que existe na face da Terra, constrói a mesma moradia. Você já viu a casa do joão-de-barro. Se viu, notou que, aquilo que nele, aparentemente, resulta de uma inteligência simbólica, é, na verdade, produto de uma programação instintiva, da qual o joão-de-barro não foge e á qual ele obedece ás cegas.

O humano começou morando em cavernas. Mas, ao contrário do joão-de-barro, fez choças e cabanas. Passos á frente o levaram a fazer casas de madeira, tijolos e cimento. Atualmente, ele utiliza estruturas sofisticadíssimas para construir todo tipo de moradia: edifícios altíssimos e casas que tentam ser á prova de terremotos e furacões.

Por que o humano progrediu e o joão-de-barro, não? Uma pista para respondermos essa pergunta é o fato de que o homem e a mulher, á medida que iam explorando seu objeto, a casa, eles também iam pensando sobre ele e problematizando a arte de fazer casa, coisa que o joão-de-barro, até onde sabemos, não dá conta de realizar.

Conclusão: pensar, sentir, problematizar e agir são ações importantíssimas no processo de produzir informações, conhecimentos e saberes.

3 Os diversos tipos de conhecimento e saberes

é a inteligência simbólica, diferente de uma programação instintiva, que possibilita ao ser humano pensar, sentir, problematizar e agir, dando-lhe a possibilidade de produzir uma gama variada de conhecimento.

a) O saber da vida

Esse tipo de saber baseia-se na vivência espontânea da vida e começa a ser construído tão logo o homem seja lançado no mundo. Ele vive esse processo até o dia de sua morte. Por isso, tudo o que diz respeito á condução da vida na terra pode se tornar objeto a ser "explorado" e representado nesse nível de conhecimento da realidade.

As características desse tipo de saber compreendem a não-sistematicidade, razão pela qual ele não é produzido com base em procedimentos metodológicos, feitos para conduzir a relação sujeito-objeto. O que resulta dessa relação com o mundo é um saber que muitos chamam saber empírico, vulgar ou, ainda, senso comum.

b) O conhecimento mítico


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